O saldo de empregos formais registrado pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) referente a abril, no Rio Grande do Norte, é o primeiro resultado positivo obtido pelo Estado este ano. A evolução do emprego por nível setorial representou um saldo de 1.608 (0,58%) postos de trabalho com carteira de trabalho assinada. A tímida recuperação não foi suficiente para reverter o acumulado do ano, que registrava uma variação negativa (-2,04%).
O número de demissões superou as contratações, até abril passado, e o saldo acumulado foi de 5.724 novos desempregados no Estado. O resultado positivo em relação ao mês de março tem influência de uma pequena reação registrada em quase todos os setores da economia, inclusive da Agropecuária, que apesar de permanecer com saldo negativo em abril (-3,87%) conseguiu reduzir o desempenho de março (-6,68%).
A Construção Civil, apesar de aparecer como o setor da economia com maior desempenho positivo (saldo de 594 empregos), registrou uma ligeira redução em relação a março, quando detinha um saldo de 3,03%. O setor tem o melhor desempenho acumulado entre janeiro e abril deste ano, com 2.165 (+11,74%) postos de trabalho com carteira assinada. Em compensação, a Agropecuária registrou acumulava quase cinco mil (4.884) novos desempregados.
Entre as sete cidades do Rio Grande do Norte com informações oficiais do Caged – Caicó, Ceará-Mirim, Parnamirim, Natal, Macaíba, Mossoró e São Gonçalo do Amarante – apenas esses três últimos municípios registraram um número de demissões superior ao de admissões. Macaíba, na Região Metropolitana de Natal, detinha a maior diferença – com saldo negativo de 1,27% ou 87 pessoas desempregadas. O melhor desempenho foi registrado em Caicó, onde o Ministério do Trabalho e Emprego contabilizou um saldo de 125 novos empregados (+2,61%).
Brasil tem recorde de geração de empregos
Brasília (AE) – Depois de um desempenho fraco em março, a criação de empregos formais na economia voltou a mostrar vigor em abril, quando foram abertas 229.803 vagas com carteira assinada. Foi o segundo melhor resultado para o mês de abril na série do Cadastro Geral de Empregados e Demitidos (Caged), do Ministério do Trabalho. O melhor resultado para o mês foi abril de 2005, quando foram criados 266.095 postos de trabalho.
O bom desempenho de abril, segundo o Ministério do Trabalho, fez com que o resultado acumulado nos primeiros quatro meses deste ano fosse o melhor resultado para o quadrimestre dos registros do Caged. O saldo líquido de empregos (admissões menos desligamentos) alcançou 569.506 vagas, superando em 2% o total dos primeiros quatro meses de 2005 (558.317 novas ocupações).
Diante desse resultado, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse estar confiante de que a meta de geração de 1,4 milhão de empregos com carteira assinada este ano será cumprida. De acordo com Marinho, o bom desempenho do mercado de trabalho pode, em parte, ser explicado por fatores sazonais, principalmente os relacionados com o agronegócio, especialmente cana-de-açúcar e café. “Mas também são crescentes os efeitos positivos da balança comercial, da redução da taxa de juros e das medidas de incentivo à construção civil”, salientou.
Esses efeitos positivos, segundo o ministro, podem ser observados na indústria de transformação, que criou 78.481 novos empregos em abril, alcançando, no quadrimestre, um saldo líquido positivo de 146.509 vagas, o segundo melhor desempenho para o período.
Sudeste gerou mais empregos
Os dados do Ministério do Trabalho apontam que, em abril, a região Sudeste foi responsável pela geração de 164.296 postos de trabalho. Na região Sul, foram 34.923 novos postos; na Centro-Oeste, 11.356; e na Norte, 6.507 novos empregos. Na região Nordeste, onde houve uma inversão da trajetória negativa, contribuiu com 12.721.
Os estados que tiveram índices mais expressivos foram São Paulo (107.735 vagas); Minas Gerais (29.990); Paraná (20.330); e Rio de Janeiro (18.293). Os únicos estados que apresentaram desemprego foram Mato Grosso (menos 2.040 postos); e Alagoas (menos 2.060 vagas). Segundo informações do ministério, os motivos são a queda do nível de emprego no cultivo da soja, onde 3.175 postos foram fechados, e na usina de açúcar (menos 2.310 postos).