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2017 – Ano da esperança

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Dom Edvaldo G. Amaral 
[ arcebispo emérito de Maceió ]

O que antigamente se chamava réveillion,  hoje “virada do ano”, foi celebrado em Maceió com profundo sentido cristão. Organizada pela Comunidade Católica Shallon e  presidida pelo Padre Tito Regis Rodrigues, diretor da Casa Dom Bosco e agora nomeado pároco da nova paróquia de S. Miguel Arcanjo, foi celebrada belíssima missa na praia da Pajuçara, antes da tradicional queima de fogos,  realizada pela Prefeitura Municipal, que também deu o necessário suporte para a segurança do evento e a realização ao ar livre do ato litúrgico.

Também em outras dioceses do Brasil, a Santa Missa e outras celebrações religiosas assinalaram a entrada do Novo Ano, marcada pela esperança cristã.

Enquanto isso, o noticiário nacional foi abalado pelas horríveis tragédias ocorridas em duas prisões de Manaus e, cinco dias depois, em Roraima, como uma verdadeira metástase do horror, como foi chamada por revista de circulação nacional. O saldo tenebroso de 64 mortes, estrangulamentos, decapitações e outros horrendos crimes em Manaus, foi seguido de 31 assassinatos, com igual crueldade, na vizinha  Roraima.

Em 4 de janeiro, a CNNB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) emitiu nota oficial sobre o triste acontecimento. De início, cita o Papa Francisco que, na audiência geral daquele mesmo dia, referindo-se a esse massacre, afirmou: “Renovo o apelo para que as prisões sejam lugares de reeducação e reinserção social e que as condições de vida dos reclusos sejam dignas de pessoas humanas.” Comenta a CNBB: “Nestes três pilares mencionados pelo Papa, estão construídas, há muitos anos, a posição e solicitude da Igreja diante da realidade de vida dos encarcerados no Brasil: reeducação, reinserção social e respeito pela dignidade humana. A Igreja tem oferecido sua contribuição na defesa da dignidade dos encarcerados e promoção da justiça social. A CNBB manifesta sua disposição de continuar trabalhando para que se implante uma segurança, que proporcione condições de vida pacífica para os cidadãos de bem e para as comunidades no combate ao banditismo. Por outro lado, a Pastoral Carcerária acompanha as unidades prisionais em todo o país e tem, reiteradas vezes, chamado a atenção para os graves problemas do sistema penitenciário: a superlotação e a falta de estrutura das unidades prisionais, a necessária reeducação e reinserção social dos presos.” Finaliza a CNBB: “Pedimos às autoridades competentes a rigorosa apuração dessa tragédia, na sua complexidade conjuntural e estrutural e, acima de tudo, a busca de um sistema penitenciário justo, digno e humano.”

Rezemos com o Papa Francisco pelos detentos mortos e vivos, e também por todos os encarcerados do mundo, para que as prisões sejam para reinserir na sociedade e não sejam superlotadas.

E assim queremos afirmar a esperança cristã para o novo ano que começa. Sim, 2017 tem que ser um ano da esperança…

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