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Jornalistas não apostam em suas seleções

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Renata Moura
Repórter

Japoneses e gregos protagonizam hoje o terceiro jogo da Copa do Mundo em Natal, mas, na visão de jornalistas dos dois países, não chegarão longe no torneio. “Acredito que voltarão logo para casa”, diz o grego Michail Tsochos, da Real FM. A descrença também existe do outro lado. Em relação às impressões que tiveram até agora sobre Natal, as visões são, no entanto, distintas.

Tsochos, da Grécia, desembarcou ontem na cidade e se disse impressionado com o que viu no caminho. “Não esperava encontrar duas coisas tão diferentes: de um lado, o subúrbio, como se eu estivesse em uma Grécia dos anos 50, e de outro, uma cidade nova e bem estruturada, com cara de século 21”, disse ele, que desembarcou em São Gonçalo do Amarante e precisou cruzar a Zona Norte para chegar ao hotel em que está hospedado, em Ponta Negra.

#SAIBAMAIS#O jornalista – um dos cerca de 26 gregos que acompanharam ontem a entrevista coletiva e o treino da seleção na Arena das Dunas – pouco sabia sobre Natal. Leu apenas sobre as chuvas e os estragos que causaram nos últimos dias. Antes, ele estava em Aracaju, Sergipe. “Mas pouco sabia da cidade. Para nós ainda é como se o Brasil se resumisse ao Rio de Janeiro e a São Paulo”, comenta.

Entre os japoneses, também havia pouca informação sobre a região e Natal, mas as impressões, até agora, são positivas. Mais de 130 jornalistas do país estiveram ontem na Arena das Dunas – um recorde, segundo voluntários da Fifa.

Um ponto favorável, no caso de Natal, é a “internacionalização” da cidade, disse uma jornalista japonesa que vive em Londres e cobre a Copa como freelancer. “Há muita gente falando inglês, inclusive os garçons, nos restaurantes. É diferente de Recife, onde eu precisava de tradutor até para pedir comida”, observa.

A jornalista, que pediu para não se identificar, chegou em Natal há três dias. Ela evita sair sozinha, embora ache a região hoteleira segura. “Fomos aconselhados a ter cuidado. Os japoneses são meio paranóicos e acham que a qualquer momento podem ser atacados. Mas a recomendação foi dada para o Brasil de forma geral. Não foi algo específico para Natal”, frisou.

O também freelancer Yoshiyuki Kawagi esteve em Recife, Rio de Janeiro e Fortaleza, no ano passado. Neste ano, Natal é a segunda cidade por onde passa. Antes, esteve na capital pernambucana. “Não odeio Recife, mas Natal é melhor. As pessoas parecem mais felizes”, disse. “O único problema é a internet no hotel. Há muita gente usando e fica muito lenta. Foi a única desvantagem que vi aqui”, assegura.

Shinya Kizaki, da revista japonesa Number, também não é tão otimista em relação ao desempenho do time. “Já ficaremos satisfeitos se passarmos para a próxima fase. O caminho até uma seleção como o Brasil, porém, é muito longo”, diz. Esta é a terceira Copa que o jornalista cobre. Ele já esteve nos mundiais da Alemanha e da África do Sul.

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