quinta-feira, 28 de março, 2024
24.1 C
Natal
quinta-feira, 28 de março, 2024

Notícias

- Publicidade -
São Paulo – Há de tudo um pouco nesse país lulubolsonárico, se o pacientíssimo leitor aceita um neologismo tão troncho. Imagine que o escritor Paulo Cesar de Araújo, o biógrafo não autorizado do rei Roberto Carlos, foi procurado pela Folha de S. Paulo para interpretar a fúria de sua majestade, ao vociferar para uma fã mandando calar a boca, não sem esquecer soltar um sonoro ‘porra’. Araújo culpou o vírus da Covid e o fato do show ter sido em fatídico dia 13.
Vira-se a página e Anita, a lúbrica, deusa da carne e do desejo, anuncia o lançamento de Puzzy, um perfume para as partes íntimas da mulher e promete três fragrâncias em nome do faro sensual do feromônio. Enquanto isso, outras mulheres lutam. Como Léa Garcia, 89 anos, que volta aos palcos para defender os negros. Perguntada durante entrevista a ‘O Globo’ se por acaso os negros sentem vergonha, respondeu: “Vergonha não é ser escravo, mas colonizador”. 
Vira-se outra página e lá estão os médicos-monstros que não representam, nem de longe, a grande história da medicina e seus protagonistas, mas são verdadeiras figuras do mais terrível horror. O estupro durante o parto, no instante sublime da comunhão da carne e o espírito, nasce das mãos malditas de cirurgiões demoníacos. Cárcere privado com a cumplicidade de hospitais monstruosamente criminosos, de tudo tem um pouco nesse grave terror que é o perigo de viver. 
Mas, também há notícias boas. A Montblanc, grife com um mercado mundial de clientes de alto nível de sofisticação, vai pesquisar para saber se seus consumidores querem que a marca deixe de fabricar objetos com couro animal, mesmo de espécies livres de extinção, como o boi. Se a pesquisa apontar esse desejo, seus produtos passarão a ser fabricados com couro sintético. E o mercado brasileiro de jogos eletrônicos já movimenta mil estúdios e R$ 2 bilhões de reais. 
Tem mais. Segundo a Polícia Federal, os estados marcadamente bolsonaristas são os que mais compram armas de fogo, com recordes. No Rio Grande do Norte, a governadora é do PT, mas já temos 1.463 pessoas para cada arma, entre 2018 e 2022. A historiadora Ynaê Lopes dos Santos constatou que a luta das mulheres brasileiras não tem reduzido os casos de violência e as nossas mulheres negras hoje até evitam filhos – temem que eles sejam vítimas do racismo. 
Nada disso interessa ao presidente Jair Bolsonaro, senadores e deputados. Na Brasília de arcos imaginados por Oscar Niemayer, continua sendo a Côrte, como no tempo da colônia e do império. Até nesta República, tão proclamada com o heroico brado retumbante do Marechal Deodoro da Fonseca, entre dragonas, até hoje, não mudou muita coisa. Continuamos entre reis, condes, príncipes e vassalos. E vamos indo que o tempo urge e, às vezes, ruge. Como um leão.
ELEIÇÃO – Confirmado: O reitor José Daniel Diniz e o vice, Hênio Miranda, vão disputar a reeleição, este ano, na UFRN. Se enfrentarão uma chapa de oposição ainda não há confirmação.
HUMOR – De um prócer gaiato, via e-mail, depois de acompanhar os números dessas últimas pesquisas: ‘Como o ex-prefeito Carlos Eduardo não usa barba é bom botar o queixo de molho”.
LULA – O brasilianista Brian Winter, aquele que biografou FHC – ‘O improvável presidente do Brasil’ – escreve agora um ensaio sobre a trajetória de Lula da Silva. A ser lançado este ano. 
ERRO – O vereador Lawrence Amorim, atual presidente da Câmara de Mossoró, disputa uma cadeira de deputado federal e não estadual. Com apoio do prefeito Alysson Bezerra. Corrigido.
 
TREZE – Dia 13 próximo, na Lapa, no Rio, vai acontecer a ‘Marcha da Maconha’, sob o lema: “Sem paz na favela não existe democracia”. A maconha medicinal está no ‘Profissão Repórter’. 
RECORDE – O conselheiro Manuel de Brito, 94 anos, mostrou a fibra seridoense: autografou 369 exemplares do seu livro ‘Tempos Marcantes’ durante cinco horas e dez minutos. Sem parar.
POESIA – Do poeta Saddock Albuquerque, o olhar vazando por entre os cristais do sal de sua terra, ele com o próprio sal da poesia nos olhos: “Tudo é maior que os homens / menos a dor”. 
FUGA – De Nino, o filósofo melancólico do Beco da Lama, seguindo os olhos de desdém da mulher bonita que passa sem ver ninguém: “A mulher, quando ama, só vê o homem que ama”.
SINGER – Ninguém pense que a governadora Fátima Bezerra fechou sua máquina de costura. Continua dando o ponto e o nó em vários municípios. Quer governar duas vezes. Como Alberto Maranhão, Antônio de Souza, José Agripino, Garibaldi Filho e Wilma de Faria. Não é pouco.   
TALENTO – Raimundo Arrais, um doutor de verdade da UFRN, na área de História, vai agora pôr os olhos na jornada do grupo de escoteiros andantes que, em 1923, foram daqui até Goiás. E Arrais não é de brincar quando faz pesquisas. Será o tema do seu pós-dourado. É só esperar. 
COMO? – Qual é, afinal, o saber filosófico-existencial do trade oficial do governo, quando se refere à preservação da caverna de Martins como ‘patrimônio estruturante, histórico e cultural’? É esmero no seu pedantismo de linguagem e o que tem de prático nessa linguagem governista? 
- Publicidade -
Últimas Notícias
- Publicidade -
Notícias Relacionadas