Durante a assembléia, sindicato anuncia que negociações não avançaram conforme o esperado e analisam possibilidade de novas paralisações
Na manhã desta segunda-feira, o Sindicato dos Trabalhadores nas Industrias da Construção Pesada Intermunicipal do Rio de Janeiro (SITRAICP) anunciou que as negociações sobre os direitos dos operários que trabalham nas obras do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014 não avançaram conforme o esperado e deixaram claro a possibilidade de nova greve na obra, como já ocorreram no fim de agosto e no início de setembro. Dentro dos avanços alcançados se destacam apenas melhorias no plano de saúde e na cesta básica, sendo que o segundo item não ficou da maneira como os operarios desejam.
Os operários querem R$ 180 por mês de cesta básica, mas o consórcio ofereceu R$ 160 até a próxima sexta-feira (30), R$ 170 em outubro e R$ 180 em novembro. A próxima assembléia está marcada para o dia 3 de outubro e, se não houver avanço nas negociações até lá, já existe ameaça de uma nova greve. Os trabalhadores voltaram a reclamar da qualidade da comida servida, da presença de policiais armados dentro das obras do Maracanã e até mesmo de uma revista exagerada por parte dos agentes, que inclusive cheiram as mãos dos operários.
De cima do caminhão de som, durante a assembléia, o presidente do SITRAICP, Nilson Duarte, afirmou que, agora, os operários farão tudo dentro da lei para reivindicar seus direitos. Além disso, não aceitarão a presença de pessoas armadas e a prática de revistas.
– Julgaram a nossa greve inicial como ilegal porque não instrumentalizamos o nosso movimento. Agora vamos fazer tudo direito colocando o edital de convocação no jornal para uma possível greve. Não vamos aceitar pessoas armadas e cheirando as mãos dos nossos operários no nosso local de trabalho. Aqui não tem bandido. Se não houver avanço nas negociações, vamos fazer a greve como a lei determina a partir do dia 3 de outubro – concluiu.
* Fonte: globoesporte.com
