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Valcke faz críticas à polícia do RJ

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Rio de janeiro, RJ – Folhapress – “Vendemos todos os ingressos da Copa pelo valor impresso na face.” Foi assim que o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, isentou a entidade da responsabilidade pelo esquema de desvio de ingressos do Mundial para o mercado paralelo. Segundo o dirigente, o órgão não tem culpa se os compradores dos bilhetes decidem revendê-lo por um valor mais alto, o que se configura crime tanto pelo Estatuto do Torcedor quanto pela Lei de Geral.

“Vendemos mais de três milhões de ingressos, todos pelo preço de face. O que temos que combater é o que eles fazem com esses ingressos depois que saem da gente. Não se pode revendê-los. A Fifa não concorda com esse sistema”, disse Valcke.

O francês, no entanto, não mostrou otimismo em relação ao combate do cambismo. “Nunca conseguiremos por fim a esse sistema ilegal de venda de ingressos.” O assunto foi o mais quente da entrevista coletiva de balanço do Mundial concedida ontem por Fifa, COL (Comitê Organizador Local) e Ministério do Esporte. Ao ser questionado sobre a corrupção no esquema de venda de ingressos do Mundial por uma repórter brasileira, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, mostrou irritação.

#SAIBAMAIS#“Escute, senhora. Quando você fala em corrupção, tem que apresentar provas, evidências. Quando você diz que algo estava errado com ingressos, eu aceito. Mas corrupção, onde?”

Já Valcke reclamou do comportamento da polícia brasileira durante a operação “Jules Rimet”, que prendeu 12 pessoas suspeitas de participar de uma quadrilha internacional de cambistas e atingiu uma das principais parceiras comerciais da entidade. “Foi para a imprensa antes de chegar a nós. Mas isso é outra questão”, reclamou.

O diretor-executivo da Match Services, Ray Whelan, se entregou ontem no rio de Janeiro. O britânico era procurado por suspeita de liderar o esquema e desviar entradas para essa rede ilegal do Mundial.

A Match tem a exclusividade dos direitos de venda de pacotes de hospitalidade (entradas VIP com serviço de bufê e estacionamento, entre outros benefícios) até o Mundial de 2022, no Qatar. Os principais donos da empresa, os irmãos mexicanos Jaime e Enrique Byrom, são cunhados de Whelan e são figuras frequentes na sede da Fifa, em Zurique, onde também fica baseada a empresa.

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