26 jogadores disputam Taça TN
Roberto Lucena
repórter
Começou domingo passado, na Academia Damasceno de Xadrez (ADX), o 1º Torneio Taça Tribuna do Norte de Xadrez. A competição reúne 26 jogadores, de várias idades, que irão disputar seis rodadas. O torneio encerra no próximo dia 10 com a entrega das premiações.
A competição reúne 26 jogadores, de várias idades, que irão disputar seis rodadas. A competição reúne 26 jogadores, de várias idades, que irão disputar seis rodadas
O editor de esportes da TN, Itamar Ciríaco, abriu oficialmente a competição na rodada matinal deste domingo. Itamar falou da importância de valorizar o esporte na cidade. “Este evento vem ampliar a popularização que o xadrez passou a alcançar depois que foi adotada nas escolas das redes públicas e privadas da capital e do interior. Acredito que o caminho seja esse: ensinar as crianças a jogar nas escolas”.
A intenção do torneio, segundo o fundador da ADX, Alécio Damasceno, é proporcionar a disputa entre jogadores iniciantes e mais experientes. “Além disso, queremos abrir espaço para uma importante competição fora do âmbito exclusivamente escolar”, afirma.
A competição consegue unir, no mesmo espaço, jogadores de gerações diferentes. O ex-combatente da Marinha de Guerra, Luiz Soares, 88 anos, joga desde 1944 quando, em plena Segunda Guerra Mundial, aprendeu, sozinho, como mexer nas peças do xadrez. “Fui campeão estadual em 1966 e desde que aprendi a jogar participo de todos os eventos. Sou formado em educação física, pratiquei várias modalidades de esportes, mas minha paixão é o xadrez”’, revela.
Na mesa vizinha a de Luiz, o estudante do 7º ano, Bruno Cirne, de apenas 11 anos, aguarda a partida começar. Ele conta que aprendeu a jogar no colégio Marista quando tinha 6 anos. Ano passado, foi segundo lugar nos Jogos Escolares do Rio Grande do Norte (Jerns). “É muito bom jogar xadrez. Acho que ajuda no desenvolvimento psicológico da gente”, diz.
Participantes do Torneio
Aldemir Souza, Alecio Damasceno, Alexandre Macedo, Allysson Muniz, Anderson Silva, Antônio Araújo, Anttogony Ramon, Artaneal Costa, Atena Damasceno, Atila Damasceno, Bruno Uchôa, Cardenas Damasceno, Daniel Rodrigues, David Frankental, Ewerton Lima, Fernando Barreto, Francisco Quaranta, Isac Dantas, Joseilma Medeiros, Luiz Macedo, Neri Silveira, Rafael Albuquerque, Valério Andrade, Vítor Firmo, Wilson Pereira, Zápata Damasceno.
Destaque da semana
Ele possui o talento da época dos grandes coadjuvantes de cinema americano, definido nos estúdios como “confiáveis”. Ou seja: não falhavam, valorizavam o personagem, ajudavam o filme, e, às vezes, eram superiores ao protagonista. Este tipo de ator também existia entre nós no cinema e passou a ser visto com frequência nas novelas – e Ary Fontoura está entre os melhores dos melhores.
Não é o comediante clássico, como Oscarito, Ankito, Mazzaropi, mas a comicidade é predominante na caracterização de suas personagens e no estilo da interpretação. É notável vivendo tipos patéticos, bizarros, amedrontados, que chamam a inédita atenção do telespectador independente da novela e com quem esteja contracenando.
Em “Morde e Assopra”, vivendo um desses tipos, Ary Fontoura confirma plenamente tudo o que foi dito acima. Ele faz o papel de um prefeito corrupto, Isaias, chamado pelo constrangedor apelido de Zazá pela Primeira Dama, Minerva, esta interpretada em grande estilo por Elizabeth Savallas. O humor de Ary é sutil, discreto, e, muitas vezes, se limita a um olhar ou a entonação verbal que dá a uma única palavra dentro da frase.
Veja a sua conduta com o filho gay (André Gonçalves) escandaloso, exibicionista, que o deixa embaraçado e preocupadíssimo com a reação dos eleitores. Viver cenas dentro do clima de sexo humorístico sem cair na pornochanchada é mais difícil do que parece e o êxito depende mais do ator do que do roteiro – e é este ator, grande ator, que se vê nas sequências em que contracena com Virginia (Barbara Paz).
Insensato Coração
Quem continua no alto
Gabriel Braga Nunes (Léo) – Herson Capri (Cortez) – Glória Pires (Norma) – N athalia Timberg (Vitória)
Quem chegou ao alto
Deborah Evelyn (Eunice) – Ana Lúcia Torre (Tia Neném)
Quem está bem
Leonardo Miggiorin (Roni) – Maria Clara Gueiros (Bibi) – Deborah Secco (Natalie)
Quem ficou melhor
Paola Oliveira (Marina)
Quem não chegou ao alto
Antônio Fagundes (Raul) – Eriberto Leão (Pedro)
Poderia aparecer mais
Natyalia Timberg
Saiu e faz falta
Ana Beatriz Nogueira (Claurice Cortez) – Ricardo Pereira (Henrique) – Hugo Carvana (Olegário)
Beleza
Paola Oliveira – Glória Pires
Erotismo
Deborah Secco
Troféu Pavão
Lázaro Ramos (André)
Troféu Narciso
Camila Pitanga (Carol)
Troféu Limão
Personagem: André
Retrospectiva
Valério Andrade
crítico de Cinema
Essa retrospectiva, aliada a uma revisão crítica, é produto dos filmes que revi ou da impressão causada pelos que foram vistos somente no lançamento. Em relação a estes e aos que não foram incluídos, é possível que haja alterações, dependendo, porém, de uma nova visão, essa já condicionada ao meu novo olhar sobre o cinema brasileiro.
A rigor, numa comparação atemporal, talvez alguns não sejam os melhores do cinema brasileiro, mas, todos, sem exceções, são significativos da época e das circunstâncias de um esquema de produção que não poderia ser comparado ao hollywoodiano e ao europeu. Entre os gêneros, a comédia, o mais popular e o mais rejeitado pela crítica, também foi o mais injustiçado.
Em relação ao melodrama cujo clímax foi “O Ébrio”, tivemos uma singular variação temática-musical proporcionada pela dupla Vicente Celestino & Gilda de Abreu. O filme, “Coração Materno”, com uma história ambientada no século XIX, inspirada nas operetas de Jeanette MacDonald, sem, porém, ser uma cópia americanizada.
Em todos esses filmes, em menor ou maior amplitude cinematográfica, com maior ou menor intensidade cultural e social, encontramos as múltiplas caras da brasilidade. Uma brasilidade que, diga-se, não se achava subordinada à nenhuma ideologia política, mas que, nem por isso, deixava de registrar e criticar o que ocorria fora da tela, na época em que os filmes foram realizados.
Seleção brasileira – 3
• CORAÇÃO MATERNO (1951/RJ)
Direção de Gilda de Abreu. Argumento e Roteiro: Gilda de Abreu. Produtor: Afonso Campiglia. Adaptação da peça teatral de Vicente Celestino. Canções: Vicente Celestino. Fotografia: Adam Jacko.
Elenco: Vicente Celestino, Gilda de Abreu, Apolo Correia, Colé Santana, Edmundo Maia, Júlia Dias, Ambrósio Fregolente, Francisco Moreno, Paulo Celestino, Eliseth Cardoso.
• TERRA É SEMPRE TERRA (1951/SP)
Direção de Tom Payne. Roteiro: Abílio de Pereira de Almeida. Diálogos: Guilherme de Almeida. Adaptação da peça teatral (“Paiol Velho”) de Abílio Pereira de Almeida. Fotografia: H.C. (Chick) Fowle. Música: Guerra Paixe. Supervisão Geral: Alberto Cavalcanti. Produção: Vera Cruz.
Elenco: Marisa Prado, Mário Sérgio, Abílio Pereira de Almeida, Eliane Lage, Ruth de Souza, Ricardo Campos, Lima Barreto, Célia Biar, Renato Consorte.
• TICO TICO NO FUBÁ (1952/SP) –
Direção de Adolfo Celi. Argumento Original de Jacques Maret. Roteiro: Oswaldo Sampaio e Jacques Maret, baseado na vida do compositor Zequinha de Abreu. Fotografia: H.C. (Chick) Fowle e José Maria Beltran. Direção Musical: Radames Gnatalli. Produtores: Fernando de Barros e Adolfo Celi. Produtora: Vera Cruz.
Elenco: Anselmo Duarte, Marisa Prado, Tônia Carrero, Modesto de Souza, Lima Barreto, Ziembinski, Francisco Sá, Marina Freire, Abílio Pereira de Almeida, Renato Consorte, Sérgio Hingst
• RIO, ZONA NORTE (1957/RJ) –
Direção de Nelson Pereira dos Santos. Argumento (original) e Roteiro: Nelson Pereira dos Santos. Fotografia: Hélio Silva. Música: Alexandre Gnatalli. Produtora: Nelson Pereira dos Santos Cinematográficas. Produtora Associada: Nova América Filmes.
Elenco: Grande Otelo, Malu Maia, Jece Valadão, Paulo Goulart, Iracema Vitória.
• O HOMEM DO SPUTNIK (1959/RJ)
Direção de Carlos Manga. Produtor: Cyll Farney. Argumento (original) e Roteiro: José Cajado Filho. Fotografia: Ozen Sermet. Trilha Musical: Radamés Gnatalli. Produtora: Atlântida. Elenco: Oscarito, Cyll Farney, Zezé Macedo, Neide Aparecida, Heloísa Helena, Norma Bengell, Jô Soares, Ambrósio Fregolente.
• GARRINCHA, ALEGRIA DO POVO (1962/RJ)
Documentário de longa metragem. Tema: Futebol. Direção de Joaquim Pedro de Andrade. Produtor: Armando Nogueira. Fotografia: Mário Carneiro. Música: Carlos Lyra. Narração: Heron Domingues. Produtora: L.C. Barreto & Armando Nogueira Produções Cinematográficas.
• VIAGEM AOS SEIOS DE DUILIA (1964/RJ)
Direção de Carlos Hugo Christensen. Roteiro: Orignes Lessa. Adaptação do conto de Anibal Machado. Fotografia: Anibal Paz Gonzales. Música: Lirio Panicali. Produtor: Paulo D. Serrano. Distribuição: U.C.B – União Cinematográfica Brasileira.
Elenco: Rodolfo Mayer, Natália Timberg, Oswaldo Louzada, Sarah Nobre, Artur Semedo, Licia Magno, Isolda Cresta.
Telejornal
Conspiração
Às vezes um bom ator é derrotado pelo personagem, como está acontecendo agora com Antônio Fagundes em “Insensato Coração”. Ele não está mau, porém, está aquém de suas melhores interpretações.
Desmentindo
Sobre a divulgação de que a situação vivida por Léo e Norma é semelhante a do filme argentino “O Segredo dos Meus Olhos”, Ricardo Linhares disse: “A trama é diferente sob qualquer ponto de vista. Quem assistiu ao filme sabe que não há comparação possível”.
Prisioneiro
Mas o co-autor de “Insensato Coração”, Ricardo Linhares, na defesa da autoria da história, quis tapar o sol com a peneira ao afirmar que “Léo não é prisioneiro de Norma e que está na casa dela por livre e espontânea vontade”.
Descamisado
Na época em que o armário da Globo estava fechado, Gilberto Braga driblava a censura mostrando rapazes fortes e bonitos sem camisa. Valorizava a estética homossexual sem que o personagem fosse gay. É o caso, por exemplo, do atlético Douglas (Ricardo Tezzi) de “Insensato Coração”.
Frase
De Norma (Glória Pires): “Sou dona da vida de Leonardo. Posso fazer dela o que quiser”.
Desnecessário
A Globo insiste em ressaltar um tipo de realismo supérfluo e antiestético. Para que mostrar o bebê ainda preso no cordão umbilical, com o rostinho amassado, sujo de sangue? Foi o que se viu pela centésima vez, agora na sequência do nascimento do filho de Márcia (Aline Peixoto) em “Morde e Assopra”.
Susto
O ator Elias Gleiser, 77 anos, foi internado, mas felizmente já teve alta do Hospital Barra D’Or (RJ). Ele sofre de insuficiência renal e faz diálise.
Exagero
Menino recém-nascido não tem cara de pai nem de mãe. Tem cara de bebê. Ao sair da maternidade, onde fora visitar o papai Lázaro Ramos e a mamãe Taís Araújo, Camila Pitanga afirmou: “João é a cara do pai”. Taís, que é super-egocêntrica, não deve ter gostado.
Galã político
Segundo a imprensa paulista, nosso deputado federal, Fábio Faria, após separação de três meses, reconquistou Sabrina Sato.
Gol
Jogador de futebol é vidrado em estrela de televisão. Elano está comemorando um espetacular feito fora de campo: o troféu da vitória se chama Nivea Stelmann. Durou pouco, porém, a comemoração de Elano, depois que foi flagrado no jogo amistoso feminino do qual Nívea não participava.