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3 por quatro – Joice Oliveira: “Temos que pensar no Miss Brasil”

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Por Anna Ruth Dantas

A estudante Joice Cristina de Oliveira Silva foi eleita Miss Rio Grande do Norte pelo município de Serrinha dos Pintos. Nascida em Natal, ela não conhece a cidade que representou no concurso, mas se mostra empolgada, não apenas com o título de miss, também com a responsabilidade que a faixa lhe traz. Trabalho social, inclusive em Serrinha dos Pintos, representar e divulgar o Rio Grande do Norte em eventos são algumas das atribuições que a miss potiguar cita como novas tarefas. Joice confirma que desde o concurso de miss, a rotina se tornou muito agitada. Longe de assustar, o novo ritmo agrava a estudante. Uma empolgação que não a tira do novo foco: o concurso de Miss Brasil.

A miss Rio Grande do Norte Joice OliveiraA estudante, que cursa Arquitetura na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, admite que sente pressão pelo fato da Miss Brasil 2009, Larissa Costa, ser potiguar. E agora? “Agora vou me cuidar para o Miss Brasil. Vou estudar um pouco mais sobre os assuntos gerais, que sempre têm aquelas perguntas que tiram muito as miss. Muita gente se preocupa com o físico e esquece da parte intelectual. Quando abre a boca as pessoas falam: puxa mulher tão bonita e não tem capacidade para responder simples perguntas”, responde, de pronto.

Cautelosa, Joice Oliveira afirma que o concurso de miss abrirá muitas oportunidades e será preciso escolher para aproveitar as melhores.

A convidada de hoje do 3 por 4 é uma jovem tranquila, uma cidadã empolgada, uma miss simpática.

Com vocês, Joice Oliveira:

Você enveredou como modelo há oito anos e depois parou. Agora voltou no concurso de miss. O que lhe levou a competir para se tornar Miss Rio Grande do Norte?
Na verdade, eu fui convidada a participar, mas nunca tinha pensado em ser miss. Não era assim um sonho, uma coisa que eu dissesse que estava me cuidando para ser miss. Simplesmente, meu primo Edmilson, que é cabeleireiro, disse que eu teria que participar do concurso. Ano passado, George (George Azevedo, organizador do concurso de miss) me chamou para participar, mas aí eu e Larissa (Larissa Costa, miss Brasil) terminamos conversando e ela disse: ou você vai ou eu vou. Sou muito amiga de Larissa. Aí ela foi. E este ano eu fui e consegui.

Os concursos de miss estão passando por uma retomada, antes havia uma imagem pejorativa dos eventos.

Antigamente o concurso era muito artificial. Acho que não era nem brega mesmo, mas artificial. As mulheres tinham que fazer certas coisas para poder parecer com alguém. O “tchau” era aquela coisa dura (ela faz o gesto com o braço), a postura era muito artificial mesmo. Hoje em dia a miss está se aproximando mais da profissão de modelo, uma coisa mais fotográfica, até mesmo o padrão de modelo.

Você para o curso de Arquitetura para usufruir deste ano como “miss Rio Grande do Norte”?

Não. De jeito nenhum. Vou continuar até onde for dando. Por enquanto está tranqüilo.

O fato de você ter se tornado Miss Rio Grande do Norte é “passaporte” para retomar sua carreira de modelo?

Não. É bem diferente ser miss e ser modelo. Quando você fala em miss você tem um compromisso social muito grande. Modelo já é uma profissão mais individual, você não tem nenhuma responsabilidade diretamente com o município, com o Estado. Porque no momento que você assume a faixa de miss Rio Grande do Norte você tem a responsabilidade com o povo do Rio Grande do Norte, com a cultura do Estado, com valores, costumes.

O que você pensa agora como Miss Rio Grande do Norte? Qual seu projeto para este “reinado”?

É diferente. Eu não estou acostumada ainda. Eu nem dormi (da noite do concurso para o dia seguinte) o telefone tocando direto. Quando você acorda já é uma correria, muita entrevista, é bem corrida. Mas eu estou adorando, é uma maratona bem legal.

Você agora enfrentará o concurso Miss Brasil.

Temos que pensar no Miss Brasil. A gente tem que buscar fazer o melhor. Vou me preparar para trazer o título mais uma vez para o Rio Grande do Norte.

O que será mais difícil para você ganhar esse título de Miss Brasil?

O mais difícil para mim hoje é esse desafio mesmo. A gente tem hoje a miss Brasil, Larissa. As pessoas cobram muito agora de mim, que sou a miss Rio Grande do Norte. Mas eu vou me cuidar, tanto psicologicamente e fisicamente para que eu possa fazer bonito lá e trazer o título para o Rio Grande do Norte.

Você sente pressão pelo fato do Estado potiguar ter ganho o concurso Miss Brasil de 2009?

É uma pressão, mas é um desafio. E estou encarando com minhas maiores forças.

Você foi eleita por um município muito pequeno, que é Serrinha dos Pintos. Qual sua ligação com a cidade, já que você é de Natal?

É um município pequeno e que não tinha nenhuma tradição no concurso de beleza. Então as pessoas, a maioria, não conhecem nada do concurso de beleza. Nosso interesse é próximo ano fazer um concurso lá para continuar a tradição de miss.

Mas, você foi convidada a competir por Serrinha dos Pintos?

Justamente. Fui convidada pela Prefeitura de lá. Meu primo Edmilson queria que eu participasse, ele é de lá e afirmou que eu representaria a cidade e eu disse que representaria com toda alegria.

Você conhece Serrinha dos Pintos?

Vou lá segunda-feira (amanhã). Eu não fui ainda lá. Porque decidi participar há um mês, não tive condições de ir porque eu tinha várias coisas, faculdade, estudo, trabalho. Então não passei por lá ainda, mas segunda-feira vou lá.

Você não acha que o concurso de miss perde um pouco por essa diferença da candidata representar uma cidade onde ela não nasceu?

Na verdade, não é necessário você ser daquele local. No momento que você é convidada a participar e você abraça aquela cidade, aquele município, aquele distrito, como seu acho que vale muito mais até do que você ter nascido lá. Você cria um laço de carinho, de amor com aquele local.

Como você se preparou para participar do concurso, já que decidiu disputar há um mês?

Não tive muito tempo para me preparar, mas procurei estudar, conhecer mais sobre a minha cidade, já que iria representar uma cidade de onde não era natural e fisicamente procurei estar sempre cuidando do cabelo, da pele.

Qual seu plano agora?

Agora vou me cuidar para o miss Brasil. Vou estudar um pouco mais sobre os assuntos gerais, que sempre têm aquelas perguntas que tiram muito as miss. Muita gente se preocupa com o físico e esquece da parte intelectual. Quando abre a boca e as pessoas falam: puxa mulher tão bonita e não tem capacidade para responder simples pergunta. Acho que  a mulher brasileira já quebrou tantas barreiras, a gente tem vários exemplos como Nísia Floresta, e mais recentes como Larissa Costa, que já quebrou tabus, mostrou a garra da mulher nordestina.

O que você tem de bonito?

Gosto do meu sorriso. Mas as pessoas falam dos meus olhos, do cabelo.

Quem foi sua principal concorrente para miss?

Eu gostava muito da miss Apodi e infelizmente não sei porque ela não ficou entre as cinco. Ela é espetacular. É super culta, super bonita.

O que foi determinante para você ser Miss Rio Grande do Norte?

Acho que a confiança de na hora tentar segurar o nervosismo. Todas que estavam ali tinham condições. Se elas estavam lá é porque tinham algo que chamava atenção e as faziam dignas de serem miss. Mas acho que foi mesmo tentar segurar o nervosismo e ser mais racional pra responder, não tremer a perna, sorrir sem tremer a boca. Eu estava muito segura.

O que ser miss pode trazer para sua vida?

As oportunidades são inúmeras. Quando você ganha um concurso como esse várias portas se abrem. Cabe a cada um fazer as escolhas corretas, pensar direitinho nas atitudes que vai tomar daqui para frente e lembrar que você é uma figura pública. Pretendo me envolver em projetos sociais, principalmente em Serrinha dos Pintos. Quero desenvolver uns projetos bem interessantes e até já conversei com a prefeita lá.

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