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A. Armstrong era um blefe

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Everaldo Lopes [[email protected]]

Segundo os dicionaristas, blefar é iludir no jogo, apostando ou agindo como se tivesse boas cartas, esconder uma situação precária, não estar bem de finanças mas continua blefando, enganar, lesar, blefou a vigilância do hospital e saiu sem pagar, etc, Seria o caso de comparar com a passagem do inglês Anthony Armstrong, ex-presidente do Alecrim Futebol Club, “cartola” que deixou Natal com fama de empresário na área da construção civil. Nos seus primeiros dias assumindo a direção do Alecrim FC, Anthony virou figurinha importante. Começou a investir no Verdão, a ponto de praticamente recuperar o estadinho do extinto São Gonçalo FC, há alguns anos com atividades paralisadas. Rapidamente, sem medir despesas, Armstrong investiu uma boa soma de dinheiro, dando o nome fantasia do estádio, de “Ninho do Periquito”, local aonde o clube mandaria seus jogos. Tudo muito animador. 

Armstrong (2)
De repente, o novo cartola alecrinense viajou às pressas para o exterior e lá permanece até agora, criando uma série de embaraços ao clube, já que praticamente se desligou do clube, de Natal e de algumas obras que tinham sua empresa (Ecohouse), da área da construção civil. Um dos edifícios, a ser localizado em frente ao antigo posto de Marpas, na Ribeira, ficou apenas na fundação, já que Armstrong se ausentou do Brasil. Sua “fuga” criou sérios problemas para o Alecrim FC, já que o cartola manda-chuva evitou qualquer contato com Natal. Instalada a crise, o clube decidiu botar o gringo para escanteio, elegeu um novo presidente e  agora é tocar o barco pra frente esquecendo definitivamente do blefe chamado Anthony Armstrong. Enquanto isso, a PF investiga sobre a lavagem de dinheiro envolvendo Armstrong e seus negócios considerados duvidosos.

Vem aí a “Bolsa-cartola”
Novidade absoluta: a CBF está prestes a lançar a “Bolsa-cartola” para os presidentes das federações estaduais, provavelmente mirando-se no “Auxílio moradia”, aprovado recentemente para ser acrescentada aos já recheados contra-cheques dos membros da magistratura brasileira. A CBF pode oficializar nas próximas semanas o pagamento de uma espécie de “bolsa” para os presidentes das 27 federações. A quantia, como sendo um salário no montante de R$ 15 mil, seria paga diretamente aos cartolas, ajuda para os presidentes, que reclamam os gastos com viagens periódicas à CBF para resolver problemas de suas entidades. No caso do RN, o presidente José Vanildo, de tempos em tempos realiza essas viagens, provavelmente com recursos da entidade. Pensar que o cartola enfrenta os custos tirando de suas economias é ser generoso demais.

Mordomia tardia
Foi apurado que as conversas sobre o “Bolsa cartola” tomaram corpo depois da Copa, com os dirigentes das federações  reclamando de muitas viagens, sem onerar as respectivas federações. Como nem todo cartola tem folga financeira, e as suas entidades vivem de um percentual das arrecadações dos jogos, dificultava os recursos para tais locomoções. Enquanto isso, a própria confederação vive de cofres abarrotados provenientes das altas taxas de inscrição de atleta e venda de jogadores para o exterior. Ricardo Teixeira que o diga, já que seu salário girava em torno de R$ 100 mil reais. Dizem por aí que Ricardão renunciou sob condição de ficar recebendo, mensalmente, um milhão de dólares. Ele teria fixado residência em Mônaco, garantido pelo sistema de governo adotado  no condado. 

A “firma” é rica
Uma prova da folga financeira da CBF são os altíssimos salários pagos à cartolagem.  O presidente José Maria Marin tem salário de marajá – R$ 160 mil, os vice Marco Polo del Nero (futuro presidente) atualmente fatura R$ 98 mil. Outros cargos, como chefe do departamento médico, presidente da Comissão de Arbitragem, Diretor Jurídico, Assessoria de imprensa, e até os membros do TJD recebem “jetons” à altura do cargo que ocupam no tribunal.

A firma é rica (2)
Fundada no distante 1918, a FNF (que já foi Liga Norte-rio-grandense de Futebol) nunca remunerou seus presidentes. Estes, se sentiam orgulhosos do cargo, principalmente os vários oficiais da Marinha e Exército que passaram pela presidência. A CBF dá uma ajuda mensal a cada entidade filiada, no valor de R$ 50 mil. A presidente da Federação Paraibana de Futebol está no cargo há 20 anos, aproximando-se da sua perenização.

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