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A primeira derrota

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Refletores – Valério Andrade [ [email protected]]

Embriagada pela vitória, sentada no topo da pirâmide da arrogância, agindo mais como general do que presidente, Dilma achou que poderia quebrar as pernas e os braços da Câmara dos Deputados. Deu-se mal – e sofreu a primeira derrota pós-reeleição.

Sob a presidência de Henrique Eduardo Alves, a Câmara rejeitou a criação dos tais “conselhos populares”, espécie de golpe branco  do governo, na medida em que retira do Congresso poderes assegurados pela Constituição.
Nessa votação histórica, Henrique Eduardo, ao não se deixar intimidar pelo autoritarismo da presidência petista, mais uma vez assumiu o papel de guardião da independência da Câmara dos Deputados.

Vergonha
Esse tal de Vicentinho, deputadinho eleito em São Paulo, assumindo o papel de porta-voz dilmista de terceira categoria, conseguiu (imerecidamente) seus 15 segundos de fama no Jornal Nacional. Acusou Henrique de ter derrotado Dilma por ter sido derrotado no RN. Com a sua vergonhosa bajulação, esse Vicentinho afrontou os deputados que votaram a favor da preservação da independência do Congresso.

Aviso Ignorado
Além de sua repulsiva bajulação, esse Vicentinho usou a técnica lulista da mentira. Antes da eleição, Henrique já havia advertido ao chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que a Câmara não aprovaria aquele projeto dilmista.
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O escorpião – “Ele (Aécio) é filhinho de papai rico. É um playboy, que, como governador de Minas, ia farrear no Rio” (Lula: eleições 2014).
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Marina – “Como confiar em um partido que manteve por doze anos um diretor para assaltar os cofres da Petrobras” (Setembro, eleições, 2014).
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Dilma – “Ela (Marina) foi leviana e inconseqüente ao atacar a Petrobras” (Setembro, eleições, 2014)

Virou passado
PT pressionar para rachar o PSB de Eduardo Campos. Lula e Dilma telefonaram  para o presidente do partido (15/08).
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Tucanos estimam que Marina teria cerca de 15% dos votos. PT avalia que ex-senadora faria cair percentual de indecisos (15/08).
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Marina enfrenta resistências no PSB. Dois membros da Executiva deixam coordenação da campanha. Candidata atribui reações a mal-entendido (22/08).                                                            
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Petrobras. Dilma defende Graça (Foster) e direito de pressionar TCU. Tribunal investiga em cartórios as transferências de bens (de Graça) para filhos (22/08).
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Marina abranda o discurso e acena para setores críticos a seu nome. Candidata destacou dois emissários para dialogar com o agronegócio (O Globo: 22.08.14).

Geração Brasil
Chegou a final – e poderia ter acabado (sem fazer falta) há três meses – mais um fracasso da Globo. Com uma história desinteressante e totalmente descozida, com situações previsíveis e monotonamente repetitivas, Geração Brasil, piorou o que já era ruim com a americanização dos personagens, a utilização de palavras em inglês e o sotaque dos artistas brasileiros.

O olhar aflitivo
Quem conhece o significado da frase da grande Bette Davis, “eu interpreto com os olhos”, fica horrorizado com os olhos arregalados de Taís Araújo. Como se não bastasse, a atriz ainda usa o olhar fixo, como se tivesse sido congelado pela câmara, para “roubar” a cena do parceiro(a). Por ser antinatural, em vez de intenso, torna-se para o telespectador um olhar aflitivo.

Casais desajustados
Seja por causa das personagens e também por causa da inadequação dos protagonistas, as duplas românticas de Geração Brasil não são convincentes. De todas, porém, a mais improvável, a mais inaceitável, a mais irreal, seguramente foi a de Taís Araújo e Murilo Benício. Não é por coincidência, mas por causa do (permanente) exibicionismo da atriz, que quem contracena com Taís Araújo não se sai bem, conforme já ocorreu com outro bom ator: José Mayer.

A queda
Embora a sua não esteja entre as piores, cujo primeiro lugar (insuperável) pertence a Lázaro Ramos, não há comparação entre os desempenhos de Murilo Benício de Avenida Brasil e a de Geração Brasil. Em parta e em decorrência da artificialidade do personagem, mas também por saber que a novela não seria digna de maior esforço, o que se viu foi uma atuação ligada no piloto automático da rotinização. Pelo menos, se não ajudou (como fez Claudia Abreu), não atrapalhou.

A frase
Ótimo conversador e bom frasista, Otto Lara Resende depois de alguns uísques tornava-se verbalmente mais carioca do que mineiro. Foi Nélson Rodrigues quem ouviu e divulgou a mais célebre frase de Otto: “O mineiro só é solidário no câncer”. Por causa da derrota de Aécio em Minas, a frase foi relembrada por Nero Wolfe em um bar de Copacabana.

E um natalense perguntou: “Somente os mineiros?”.

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