Meu Programa Legal – Cristiano Félix
Jornalista
O jornalista Cristiano Félix tem 15 anos de redação. Recentemente, decidiu dividir sua atuação jornalística com a dos negócios da família – um grande supermercado da cidade. E, ele mesmo acha incrível, tem dado certo. Sobra até algum tempo para o lazer. Entre o trabalho e os momentos de ócio prazeroso, sempre sobra um lição, como mostra o roteiro de Cristiano: 
“O fazer jornalístico me ajudou muito a chegar até aqui. Foi ouvindo e analisando outras histórias, sobretudo empresariais, que consegui filtrar o que fazia sentido. Histórias também aprendi em livros. As biografias em especial me ensinaram muito. Das mais atormentadas, como ‘Maria Callas, a mulher por trás do mito’, de Arianna Stassinopoulos, até as mais contemplativas, como ‘Da minha terra à Terra’, de Sebastião Salgado e Isabelle Francq. Procurando aprender um pouco mais, no final do ano passado fui conhecer uma das áreas de Paris longe do roteiro turístico, os arredores do canal Saint-Martin, onde Salgado mantêm seu laboratório. Um lugar tranquilo, onde se come bem e anda sossegado.
Programas gastronômicos são meus preferidos. Aqui em Natal alguns representantes de charme são o Between, em Petrópolis, e A Cozinharia, em Capim Macio, que tem um delicioso duo de filé com palmito grelhado e de onde eu dificilmente saio sem um bolo na caneca arrematado com um café passado na hora. Felizmente a cidade vem ganhando boas opções gastronômicas pra a gente compartilhar com os amigos. Com eles eu também não dispenso nenhum fim de semana em Pipa, pra ficar jogado em uma canga na areia da Praia do Madeiro ou fazendo stand-up paddle e depois jantar no Tranquilo e guardar o espaço da sobremesa para um sorvete na Preciosa.
Além das caminhadas na praia, gosto de pedalar e, claro, sinto falta de ciclovias. Aliás, a cidade inteira estranha não ter opção de transporte e ver um milhão de veículos, como o RN passou a ter recentemente, congestionando nosso direito de ir e vir. E, pesando bem, melhor que ter ciclofaixas seria ter ciclofaixas e mais barbearias na cidade, pra a gente não ser obrigado a ouvir sobre a vida alheia enquanto quer simplesmente dar um tapa no visual.
Nos dias mais nublados eu aproveito para descobrir novidades e sites de tecnologia, moda e música e sempre passo para conferir o que tem no ‘Don’t touch my moleskine’, além de gastar o tempo vendo filmes e séries de TV. As últimas foram Dexter e Band of Brothers. Esse momento edredom, quando chega, é uma delícia. Mas eu sempre prefiro dias de sol, de brincadeiras com Indie Boy e Ingrid (apesar de meu cachorro e minha sobrinha sempre se estranharem) e do movimento do lado de fora.”
