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A. Severo pode operar durante a Copa 2014

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Não há impedimentos para que o Aeroporto Augusto Severo, em Parnamirim, funcione durante a Copa do Mundo, mesmo após a inauguração do Aeroporto Governador Aluísio Alves. A informação é da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). “Entretanto, quem vai definir os aeroportos que vão operar na Copa é a Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias (CONAERO), coordenada pelo ministro da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República”, diz a nota enviada à TRIBUNA DO NORTE. O órgão confirmou que a “infraestrutura aeroportuária” do Augusto Severo vai pertencer à Força Aérea Brasileira, após a homologação do novo aeroporto em São Gonçalo do Amarante.
Anac informou que situação do Aeroporto Augusto Severo, durante o Mundial, será definida pela Conaero
A agência não deu uma data específica para a transição. Já a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) afirmou, por meio de sua assessoria em Brasília, que o terminal funciona somente até a Copa do Mundo.

A associação dos concessionários do Aeroporto Internacional Augusto Severo reclama de falta de comunicação da empresa para com os lojistas e estuda entrar na justiça para pedir a definição, por parte da empresa, da data de encerramento das atividades civis do aeroporto.

De acordo com o representante dos concessionários, o empresário Pio Morquecho, a maior parte deles possui contratos firmados até 2015. Porém uma cláusula de concessão prevê que o contrato se extingue caso o aeroporto seja desativado. O Augusto Severo passará a operar, ainda em 2014, somente com a aviação militar, segundo informação da assessoria de imprensa do Comando da Aeronáutica (Comaer), publicada em reportagem nesta sexta-feira (24).

“O que mais nos preocupa é essa falta de definição. Uma hora dizem uma coisa. Outra hora dizem outra. O empresário tem que indenizar funcionários, pagar fornecedores, tem as parcelas dos tributos que precisa cumprir, e para isso tem que saber até quando o terminal vai funcionar”, coloca. Segundo Morquecho, cerca de 40 lojistas e dois mil funcionários trabalham no Augusto Severo.

Dos 80 quiosques destinados a varejo, serviços e alimentação dentro do terminal de passageiros, 18 já foram esvaziados. Porém, de acordo com a Infraero, os quiosques foram fechados porque tiveram contratos encerrados ou havia inadimplência dos lojistas junto à empresa.

As atendentes Cláudia Alves e Eliane Pereira, que trabalham em uma lanchonete popular, no aeroporto, já estão cumprindo o aviso prévio. “A gente só trabalha até o fim de janeiro”, fala Eliane. Segundo elas, nem mesmo o dono do negócio tem muitas informações sobre o futuro do terminal. “Vai ser muito desemprego. A maioria [dos funcionários] mora em Parnamirim. O aeroporto novo [Governador Aluísio Alves], fica muito longe”, lamenta Cláudia.  

Para Pio Morquecho, o fechamento do terminal causará um “transtorno socioeconômico”  ao município de Parnamirim.  “Minha loja tem 45 funcionários. Outras têm 15, outras 20, a cooperativa de táxi tem cerca de 100 pessoas. Infelizmente a prefeitura e o Estado não se preocuparam em manter os empregos desses funcionários”, critica.

“Agora disseram que o aeroporto vai funcionar até a Copa. E se, até lá, a gente já tiver fechado as portas?”, questiona. A reportagem procurou o Governo do Estado para saber se o hangar, onde o helicóptero Potiguar I é guardado, vai ser transferido para o novo aeroporto. Nenhuma resposta foi dada até o fechamento da edição.

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