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A trama que virou roteiro

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Em um futuro não muito distante, os Estados Unidos estão dominados por radicais cristãos, onde o clima de tensão ganha força a reboque da intolerância religiosa. Até que um assassinato na 5ª Avenida, em Nova Iorque, desencadeia uma reação mundial que muda o rumo da história – uma trama ambientada em 2030 que envolve viagem a outros planetas, tecnologia e o desejo de um escritor em ver seu livro virar filme. Esse é o mote de “Quero que este livro vire um filme” (107 páginas, R$ 35), romance futurista escrito em forma de roteiro pelo jornalista Flávio Rezende, cujo lançamento está marcado para esta terça-feira, às 19h, na Livraria Saraiva do Natal Shopping.
Flávio Rezende autografa seu romance-roteiro hoje, na Saraiva
“Imagino que o enredo deste livro sirva para um filme de Hollywood, destes que envolvem cenários extraterrestres e efeitos especiais”, brinca Rezende. O autor conhece Nova Iorque, mas disse que a ambientação não foi planejada. O livro, como o título sugere, conta a história de um escritor que sonha de ver seus textos adaptados para a grande tela – “É meu alterego”, confessa o jornalista. “Ele (o alterego) tem uma produção grande e acredita que suas histórias renderiam um filme”, disse o jornalista, que já publicou 24 livros, entre os quais títulos de poesia, contos, infantil, causas sociais e antologias.

No centro da trama está Barg, um homem de 30 anos inconformado com a repressão religiosa imposta pelos radicais. Ele vive o dilema “calar ou reagir” e marca encontro com a namorada Magu em um café norvaiorquino para conversar sobre suas inquietudes. Porém, na saída do prédio onde mora, Magu esbarra em um grupo de fundamentalistas cristãos e um deles ouve o mantra Hare Krishna que a moça está ouvindo no seu ‘player mp3’. Acusada de infiel, ela é espancada até a morte (pelo menos aparentemente) na porta do edifício. Desesperado com o situação, Barg cai em uma cilada e acaba acusado injustamente pelo crime: é condenado e extraditado para outro planeta em um julgamento manipulado. Nisso, um dos agressores resolve se redimir arquitetando um plano para reverter a ditadura religiosa.

As cenas são descritas em detalhes, com direito a enquadramento de câmera, ambientação e trilha sonora. “Não sei de onde veio essa história, vou escrevendo o que aparece no juízo. Nada foi planejado”, disse Flávio Rezende sobre seu processo criativo. “Tenho sempre um monte de ideias na fila, e a primeira que aparece boto no papel. Essa história, se for juntar todas as vezes que sentei para escrever, dá uns 3 ou 4 dias de trabalho”. O livro foi escrito em 2013 e só agora foi materializado.

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