É inegável que a uva (única matéria prima do vinho) enquanto produto agrícola recebe influência direta do clima, do solo e do manejo no vinhedo, para resultar excepcional e só então, gerar, pelas mãos de um enólogo talentoso, criativo e competente, um vinho grandioso. Mas isso é apenas parte do processo na disputa pelo reconhecimento da crítica e do público quando o assunto é qualidade na taça. Para, além disso, há inúmeras outras coisas mensuráveis e imensuráveis que envolvem fenômenos naturais, humanos e até siderais, como no caso dos vinhos biodinâmicos, cujo calendário de práticas vitivinícolas (criado pela cientista asiática Maria Thum) obedece às fases da lua e de outros. No que diz respeito ao solo, se o manejo não é orgânico nem biodinâmico, o enólogo responsável pelo manejo (geralmente um agrônomo) procederá com uma análise do solo, e fará, por conseguinte as correções necessárias para torná-lo receptivo à variedade de uva que será plantada. 
O papel do solo é de extrema importância para a vinha. Além de servir de base de fixação para a planta, é o solo que a nutre com minerais como água, cálcio, ferro, magnésio, etc. elementos que comporão a seiva vital da planta, além de absorver luz e calor do sol para transferir à planta em forma de energia, auxiliando na fotossíntese, etapa vital para a maturação dos grãos. Mas o solo também pode ser o habitat de pragas e fungos maléficos para a planta.
Na viticultura convencional estas ameaças são combatidas com a aplicação de defensivos sintéticos (herbicidas e pesticidas), que invariavelmente agridem o solo, reduzindo a biodiversidade, e, a despeito de serem mal manejados, deixam resíduos tóxicos nos frutos. Na viticultura orgânica e biodinâmica estas ameaças são igualmente combatidas, mas de forma natural, preservando a biodiversidade no entorno do vinhedo. Dentre os elementos essenciais para o equilíbrio do habitat da planta está o cálcio, que ajuda a neutralizar os níveis de pH do solo; o ferro, essencial para a fotossíntese; o magnésio, que ajuda na clorofila; o potássio, que auxilia no metabolismo da videira; além do boro e manganês. Outro elemento de extrema importância é o nitrogênio, que colabora na síntese da proteína. Apesar de não haver um consenso quanto a extensão de influência do solo, é possível afirmar que a qualidade da água e minerais que aporta a vinha, juntamente com o clima são responsáveis por definir o nível de acidez dos frutos, a qualidade dos taninos, a maturação fenólica e o álcool do vinho, elementos fundamentais para definição da qualidade.
Grand Tasting Grand Cru 2015
Marcado para 12 a 22 de maio a edição 2015 do Grand Tasting, a grande mostra anual da importadora Grand Cru. O evento contemplará as cidades de Porto Alegre (12 de maio), Londrina (13 de maio), Brasília (14 de maio), Belém (15 de maio) Rio de Janeiro (18 de maio), São Paulo (19 e 20 de maio), Salvador (21 de maio) e Natal (22 de maio). A mostra disporá de mais de 200 rótulos em degustação aberta com vinhos de diversos países do velho e do novo mundo. Em Natal o Grand Tasting Grand Cru acontecerá das 19h às 22h no espaço de Eventos da Oficinia Interiores. As inscrições já podem ser feitas nas lojas Grand Cru Ponta Negra e Petrópolis.
“Despertar Para o Vinho”
O livro que despertará em você um interesse visceral pelo vinho. Uma leitura fluente, direta e descomplicada, para saborear da primeira a última página. Disponível em todas as lojas de vinho da cidade.
