A derrota para o Potiguar, na última quinta-feira, expôs o momento complicado que o ABC vive dentro e fora de campo. O time não consegue render o que o torcedor espera e a direção de futebol, em conjunto com a comissão técnica, vem colhendo as críticas por algumas contratações equivocadas nesse início de temporada. Para se ter uma ideia, a equipe, a cada jogo, tem que improvisar jogadores em outras posições, principalmente nas laterais. O volante Somália, em uma partida joga como lateral direito, em outra como esquerdo, na seguinte, volta para sua posição original. Os jogadores contratados para atuarem nas laterais, até o momento, ainda não justificaram o investimento. 
Dimas e Patrick foram contratados para solucionar o problema na direita. O primeiro ainda não rendeu o esperado e o segundo está contundido. Na esquerda, a situação é mais delicada. Janílson chegou no início do ano e, por conta das poucas oportunidades, já deixou o clube em direção ao São Caetano/SP.
Na tarde d e ontem, o dirigente Rogério Marinho se reuniu com elenco para cobrar uma resposta imediata do elenco dentro de campo, afirmando que o elenco é caro e que não pode ter esse desempenho.
O próprio técnico do ABC, Roberto Fernandes, que na primeira fase do Estadual, disse que tudo fazia parte de um planejamento, por isso poupou os principais jogadores para que eles pudessem aprimorar a forma física, admitiu que o planejamento não foi o adequado e pode mudar sua estratégia, para que o alvinegro não corra o risco de ficar de fora da decisão do campeonato estadual. “Depois da apresentação contra o Potiguar, me convenci que, mais do que nunca, esta estratégia não funcionou. Nós temos jogadores que podem render mais e não estão. Então não adianta acelerar etapas, este é o tipo da coisa que não funciona. A primeira coisa é separar o joio do trigo e colocar em campo jogadores que estão preparados para jogar. Tem jogadores que não estão rendendo e se o problema for físico tem que sair, esta história que você se condiciona jogando é balela. Isso era em outra era do futebol e não hoje”, finalizou o técnico abecedista, Roberto Fernandes.
