Cerca de 70 guardas municipais de Natal ocupam por tempo indeterminado o Palácio Felipe Camarão, sede da Prefeitura de Natal na tarde desta quarta-feira (20). De acordo com a presidente do Sindicato dos Guardas Municipais do Estado do Rio Grande do Norte (Sindguardas/RN), Margareth Vieira, a categoria quer o envio do projeto que prevê a criação do plano de cargos, salários e carreiras à Câmara Municipal de Natal. “Só desocuparemos a Prefeitura quando alguém nos receber e estiver disposto a atender nossas reivindicações”, explicou.
Segundo ela, a Prefeitura está ameaçando suspender a reunião agendada para sexta-feira (22), mas isso não desmotiva o grupo. “Estão marcado reuniões para ganhar tempo. Só sairemos daqui quando apresentarem uma contraproposta para negociação”, disse. No início da noite, a categoria reunia colchonetes e preparava o jantar para o grupo que vai permanecer acampado no Palácio Felipe Camarão.
O Secretario Municipal de Governo, Johnny Costa informou que o diálogo com os representantes do sindicato está aberto, no entanto, a condição é que os guardas municipais desocupem a prefeitura. Johnny Costa enfatizou que recebeu representantes do Sindguardas em outras três ocasiões e que está aberto a negociações.
“A prefeitura está aberta ao diálogo, mas não compactua com arbitrariedade”, disse. Segundo o Johnny Costa, foi oficializada a presidência do sindicato que qualquer dano ao patrimônio público será de responsabilidade deles.
De acordo com Margareth, a Prefeitura descumpre uma lei federal em que os guardas municipais devem ser de nível médio e possuir um plano de cargos próprio com carreira unificada. Atualmente, os guardas estão enquadrados no plano geral dos servidores públicos municipais.
“Hoje o salário-base de uma guarda no início de carreira é um salário mínimo. E o que a gente ganha com adicionais e gratificações chega a R$ 2.500. Tem guarda com 23 anos de carreira recebendo um salário-base de pouco mais de R$ 800”, expôs a presidente do sindicato.