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Acusados de desvio são presos

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Sandro Villar

Presidente Prudente (AE) – Em megaoperação batizada de Operação Desfalque, que começou às 4 horas com a participação de 50 agentes, a Polícia Federal prendeu ontem, em várias cidades paulistas, nove acusados de desviar dinheiro da reforma agrária no Estado de São Paulo. Há quatro mulheres no grupo. Um dos presos é o líder dissidente do Movimento dos Sem-Terra (MST), José Rainha Júnior. Ele recebeu voz de prisão na casa onde se hospedava em Presidente Prudente. A dona da casa também foi presa, suspeita de usar um carro comprado com dinheiro público. “Ela colabora com a organização criminosa , é uma pessoa próxima do líder (Rainha)”, acusou Ronaldo de Goes Carrer, delegado titular da Polícia Federal, em Presidente Prudente.

Após ficar horas em uma sala da Polícia Federal, Rainha Júnior foi levado de avião para São Paulo. Outros quatro acusados estão na Cadeia Pública de Presidente Venceslau. Já as mulheres foram transferidas para a Cadeia Feminina de Adamantina. Há um foragido. Outros sete foram ouvidos e liberados. É o caso de Antônio Carlos dos Santos, de 45 anos, detido às 5h30 em Teodoro Sampaio.

Ao falar das prisões em entrevista coletiva, o delegado, que se recusou a mencionar os nomes dos envolvidos, só se referiu ao MST como “organização criminosa” e tachou Rainha de “líder”. Depois de explicar que um empresário de Sandovalina e um advogado estão entre os presos, o delegado disse que a organização pretendia desviar ao menos R$ 5 milhões para associações de assentados. “O líder (Rainha) indicava as associações que receberiam o dinheiro, uma parte (dos R$ 5 milhões) foi desviada. Eles também vendiam madeira ilegalmente e distribuíam cestas básicas entregues pelo Incra. O líder e seus comparsas repassavam as cestas, mas cobravam dos assentados”, acusou, observando que foram apreendidos documentos, microcomputadores e o veículo usado pela mulher que abrigava Rainha.

O grupo é acusado de cometer seis crimes – extorsão contra donos de terras invadidas, estelionato e formação de quadrilha são alguns dos delitos, segundo entendeu o juiz da 5ª Vara da Justiça Federal em Presidente Prudente, Joaquim Eurípedes Alves Pinto. O magistrado determinou a prisão temporária de cinco dias, prazo que pode ser ampliado por mais cinco dias. Novas prisões estão previstas. O inquérito deverá ser concluído em 30 dias. Na ação de hoje, os federais de Presidente Prudente tiveram a ajuda de colegas de Araçatuba, Bauru, Jales e São José do Rio Preto.

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