O Comando da Aeronáutica (Comaer) que, de concreto, até o momento, é que o terminal de passageiros do Aeroporto Augusto Severo, localizado em Parnamirim, abrigará o Centro de Treinamento Operacional (CTO) da Força Aérea Brasileira (FAB). A informação foi repassada à TRIBUNA DO NORTE, por e-mail no final da tarde de ontem. Por telefone, a assessoria do Comaer informou que o órgão não recebeu nenhuma proposta de cessão da estrutura para fins civis.
Há informações, divulgadas por representantes do Governo do Estado e da Federação do Comércio do RN (Fecomércio) de que a cúpula da Aeronáutica vem a Natal entre os dias 22 e 24 deste mês para discutir a situação da estrutura do aeroporto. Ontem, a assessoria do Comaer não confirmou a viagem, mas não negou. Dias antes, em 18 de julho, um estudo encomendado por entidades empresariais a consultoria Macroplan dentro do projeto Mais RN, deverá detalhar as potencialidades do aeroporto.
Segundo informações do Comaer, liberadas na quarta-feira, 9, o CTO vai concentrar a especialização de todos os pilotos da FAB – já realizadas na base aérea de Natal, mas também diversos cursos de capacitação. A Aeronáutica já negou as ideias de ceder o espaço do antigo aeroporto para abrigar a Ceasa ou um terminal rodoviário.
Em reunião na última quarta-feira, 9, com o comando da Base Aérea de Natal (Bant) a Federação do Comércio do RN apresentou proposta para uso da área ocupada pelo terminal de passageiros, estacionamento e terminal de cargas do Aeroporto Augusto Severo, desativado desde o final de maio, após a entrada em operação do Aeroporto Governador Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante.
A ideia apresentada pela Fecomércio era de criar um complexo comercial e cultural no espaço, com a implantação de um novo Centro de Convenções – para atender à demanda reprimida do chamado Turismo de Eventos em Natal -, um Museu Aeroespacial e um complexo comercial na área de 42 hectares.
Diferentemente da posição do Comaer, o Coronel André Monteiro, comandante da Bant, chegou a afirmar que a proposta da Fecomércio está “muito próxima” do que está sendo estudado. “Estamos, sim, totalmente abertos a sugestões que sejam exequíveis”, afirmou.
