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Aeroporto tem lojas definidas e aposta em fluxo inteligente

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Nadjara Martins e Vinicius Menna
Repórteres

Pelo menos seis franquias internacionais devem aportar no Aeroporto Governador Aluízio Alves, que tem previsão de inauguração em maio, em São Gonçalo do Amarante, e deve substituir o atual aeroporto do Rio Grande do Norte, o Augusto Severo. Redes mundiais como a Dufry – especializada em produtos importados – já fecharam contrato com o Consórcio Inframérica. A rede abrirá três lojas: duas Dufry e uma Hudson News, livraria e conveniência voltada para aeroportos e presente nos principais terminais dos Estados Unidos e do Canadá. No total, 94% da área comercial do novo aeroporto já está negociada.
Daniel Ketchibachian: Aposta em área alimentícia e turismo
Segundo o diretor comercial do consórcio Inframérica, Daniel Ketchibachian, 47 das 50 lojas disponíveis estão alugadas. Empresas mundiais como Pizza Hut, Subway, Koni Sushi Red Lobster e Restaurante Delfina, bem como as nacionais mais conhecidas, como Casa do Pão de Queijo, vão estar presentes no aeroporto.

O preço para usufruir da clientela do terminal, porém, pode sair caro. O aluguel cobrado é de 10% do faturamento das empresas; entretanto, também é negociado o tipo e o tamanho do espaço locado. O consórcio preferiu não detalhar o valor cobrado nestas negociações, mas especificou que, de acordo com estudos realizados pelo Inframérica, esse aluguel pode chegar a R$72 mil. “Nós criamos o layout comercial e calculamos a receita média de cada comércio. Nós acreditamos que a receita média deles pode chegar a R$720 mil. Então nós achamos que 10% é um valor justo para o aeroporto. É um preço que alguns chamam  de caro, mas as empresas vão ter uma receita maior porque o fluxo é inteligente”, apontou Ketchibachian.

#SAIBAMAIS#De acordo com a direção comercial do aeroporto, esse faturamento é garantido pelo “fluxo inteligente”  de clientes que foi criado na construção do terminal de passageiros. “No Augusto Severo, a praça de alimentação fica antes do embarque e as pessoas querem comer às pressas. O comércio de um aeroporto tem que ficar depois do raio-x, pois o momento de tensão do passageiro cai e é quando eles querem consumir. O passageiro já sabe que vai ter que esperar, então ele consome. É o que fizemos”, diz o diretor comercial. O fluxo no aeroporto pode chegar a 6 milhões de passageiros, segundo estimativas do próprio consórcio.

Turismo
Além da área alimentícia, o consórcio também fechou com outras 20 empresas do ramo turístico que ficarão instaladas em um corredor específico. Para a área vão convergir os passageiros advindos dos desembarques nacional e internacionais. No corredor, serão instaladas agências de turismo, lojas de câmbio e de locação de carros.

Segundo Daniel Ketchibachian, o consórcio planeja construir, logo após a Copa do Mundo, duas salas vip no aeroporto, localizadas no embarque e desembarque. Os espaços  acolherão passageiros em trânsito de voos domésticos, que poderão usufruir de serviços de hotelaria e alimentícios.

A primeira sala do tipo no Brasil foi inaugurada pelo consórcio em março deste ano, no aeroporto internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília. A área oferece cabeleireiro, massagem, mini-cinema e sala de reuniões por R$100/dia. Para o Rio Grande do Norte, a proposta é que os preços sejam menores e os serviços mais simples, uma vez que o terminal atenderá a classes econômicas diferentes.

“Os acordos que fazemos em Brasília são com a aviação executiva; em Natal, são com empresas de turistas. Os pacotes de viagem já virão com a sala inclusa. As salas vão seguir o padrão internacional encontrado nas nossas outras salas”, adiantou o diretor comercial. A obra ainda não tem data para iniciar.

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