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Agenda do Crescimento definirá prioridades do RN

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cargo Vagner explica que papel de Getúlio Apolinário é técnico

A Agenda do Crescimento, programa do governo que prevê investimentos de R$ 15 bilhões deste ano até 2010, será lançada oficialmente dia 26 próximo. Entre os projetos prioritários – indicados pelo secretário de Planejamento, Vagner Araújo – estão seis que envolvem a iniciativa privada e o governo; e contemplam as áreas de transporte, pesca, energia e turismo. No total, em investimento, eles representam R$ 660 milhões (governo) e R$ 6,2 bilhões (iniciativa privada). 

Há outros projetos, mas só serão especificados após o lançamento, que deverá trazer surpresas. Entre elas, a TRIBUNA DO NORTE, por meio de empresários ligados ao turismo, conseguiu antecipar que será criado um tipo de “central do cidadão para investidores”. Essa estrutura contará com representantes de todos os órgãos que precisam atuar quando um investimento aportar no Estado, como o Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambeiten (Idema) e a Junta Comercial (Jucern).

Os projetos que participarão da lista de prioridades – pelo lado do governo – são o aeroporto de São Gonçalo, o Terminal Pesqueiro e a Via Metropolitana. O primeiro desses projetos prevê inicialmente investimentos de R$ 500 milhões, referentes à construção da primeira etapa do projeto. O aeroporto é a base para a implantação de uma área livre de comércio no Rio Grande do Norte, estrutura que pode mudar completamente a face econômica do Estado. O Terminal pesqueiro requer um investimento de R$ 30 milhões, também para a primeira etapa. Já a Via Metropolitana servirá à estruturação de todo o tráfego na Grande Natal. A construção requer um investimento de R$ 130 milhões e será útil também ao transporte da produção que poderá ser levada para o Terminal Pesqueiro ou ao aeroporto. Pelo lado da iniciativa privada, o destaque feito por Vagner Araújo vai para a Petrobras e os grupos estrangeiros que estão realizando investimentos no RN.

Ele destacou que a Petrobras investirá R$ 2,7 bilhões no Rio Grande do Norte este ano e vai também construir a fábrica de gasolina. Com isso comentou, “teremos uma refinaria de pequeno porte com capacidade para chegar à metade do potencial daquela que está sendo construída em Pernambuco”. Com relação aos grupos estrangeiros, Vagner lembrou o empreendimento que está sendo conduzido pelo grupo Sanches, em Pitangui e que tem um investimento de R$ 2 bilhões. Além deste, outro destaque é a construção de outro complexo turístico em Touros, com investimento previsto de R$ 1,5 bilhão. O secretário não confirmou a criação da “central do investidor”. Especula-se que a Secretaria de Desenvolvimento Econômico terá papel importante nessa ação. O anúncio oficial da Agenda, dia 26, vai esclarecer como e onde essa estrutura funcionará.

O secretário explicou que a idéia de criar a Agenda do Crescimento surgiu ainda ano passado quando a governadora Wilma de Faria fez uma análise sobre o momento econômico que o Rio Grande do Norte vive. Essa análise envolveu fatores como  a mudança no fluxo turístico no mundo; a construção da nova ponte de Natal (e a perspectiva de investimentos no litoral Norte; a duplicação da BR-101; a retomada da termoaçu e a implantação do parque eólico; os investimentos da Petrobras; e a perspectiva de crecimento no setor de mineração.

"Maior desafio é a compreensão"

Na entrevista a seguir, o secretário de Planejamento do Estado, Vagner Araújo, avalia alguns detalhes que envolvem a implantação da Agenda do Crescimento. Entre eles, a relação da Secretaria que dirige co o programa e a maior barreira que a Agenda pode encontrar pela frente. Para Vagner Araújo é imprescindível conscientização sobre o bom momento econômico que o Estado vive e o que isso representa como oportunidade de crescimento. 

TRIBUNA DO NORTE: Qual a maior barreira à realização da Agenda?
Vagner Araújo: O maior desafio é a compreensão de todos os que querem o Rio Grande do Norte desenvolvido do que é essa Agenda do Crescimento. O risco que ela pode vir a correr é de um ou outro – principalmente as lideranças políticas de oposição – entender a Agenda como algo da governadora e não se integrar a esse processo. Esse é o risco e é um problema cultural do Rio Grande do Norte, o radicalismo da política. A gente espera que possamos dar também esse salto na política local. Nesse momento temos de trabalhar todos em prol do desenvolvimento do Rio Grande do Norte. Se a governadora e o governo estão chamando – estendendo a mão – para todos, inclusive as lideranças de oposição; para se integrar numa ação de elevadíssimo espírito público, de elevadíssimo interesse público, para apoiar projetos e ações que vão contribuir para o desenvolvimento nós não vamos nos posiconar contra e vamos ajudar no que puder. Acho que todos podem ajudar. Os três senadores, por exemplo, podem ajudar com sua experiência, suas idéias e seus contatos. É isso que esperamos.

Semana passada, o consultor Getúlio Ferreira observou que um dos problemas do Estado brasileiro é se ocupar mais em administrar a rotina ao invés de planejar. Nesse segundo mandato – levando em consideração sua Secretaria – o senhor pretende se ocupar mais do Panejamento e delegar a alguém as Finanças?
VA: Não há prejuízo de uma coisa em função da outra. Na verdade há uma sinergia muito grande. A presença da área financeira junto tem a função de fortalecer o Planejamento. Na hora que discutimos finanças, discutimos planejamento. Se o Planejamento estiver dissociado, aí será prejudicado. E é por meio dessa união que temos conseguido fazer obras importantes mesmo com poucos recursos e obras grandes como a ponte.

Caberá ao Planejamento indicar a secretaria executiva do Escritório de Articulação dos Projetos da Agenda?
VA: Não. Nós vamos ter um comitê. O papel, por exemplo, do consultor que foi citado é eminentemente técnico. Ele não tem uma função de coordenação, de comando. Mas de sistematizar o trabalho, de dar uma estrutura técnica. De emprestar a sua visão empresarial. Ele atua a partir das orientações estabelecidas pela governadora e pelo seu corpo de auxiliares. Ele não tem necessariamente o papel de formular. E de fazer esse trabalho de sistematicação. É importante que fique claro que o consultor tem um trabalho totalmente técnico. Ele não tem posição de comando nem de coordenação. Essa posiçlão é da governadora e do seu corpo de auziliares.

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