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Agnelo e a Petrobras

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Refletores – Valério Andrade [ [email protected]]

Eu e Agnelo Alves, lá no Rio, ambos como jornalistas, fizemos parte de um partido chamado Nacionalismo. A Petrobras era a estrela da bandeira do nosso partido. E o nosso slogan, simples e verdadeiro, continua insuperável: “O Petróleo é Nosso”.

Mesmo quem não era getulista, como o meu caso, e creio, o de Agnelo, se filiava à luta do ex-ditador para criar a empresa que iria tirar do fundo do chão o ouro negro – riqueza que técnicos estrangeiros, pagos em dólares, diziam não existir.

Lembro-me da fotografia histórica, publicada em O Cruzeiro, em que Getúlio, com as mãos sujas de petróleo, mostrava ao povo que o petróleo brasileiro existia e que ele era nosso. Mas isso aconteceu nos idos de 1950, quando nós, nacionalistas, criamos outro slogan igualmente simples e genial: “A Petrobras é Intocável”.

A verdadeira superação
Não é, obviamente, a superação daquela propaganda que a Petrobrás (por ordem presidencial) vem divulgando na televisão. Estão gastando milhões de reais para tornar verdade uma mentira: as calúnias nascidas na usina do lulismo, denunciando uma suposta conspiração contra a Petrobras.

Quem é contra?
Bêbado ou lúcido, Lula (“o povão acredita no que eu digo”) vive gritando que a imprensa quer acabar com a Petrobras. Mas quem não foi idiotizado pelo petismo, sabe: Não foi Veja quem inventou a quadrilha que há anos vem assaltando a maior empresa da América Latina.

O que se quer
O que se quer, depois que a blindagem dilmista de Graça Foster derreteu, é a expulsão dos ladrões e que a Petrobras deixe de pertencer a um partido.

Agnelo: ontem e hoje
Tudo aconteceu na década de 50 e se me veio à memória não foi por causa do Jornal Nacional. O que acendeu o pisca-pisca da recordação foi a leitura das colunas de Agnelo, aqui TN. Com a mesma lucidez, o mesmo tato jornalístico, ele continua acreditando na Petrobras – e eu, também.

Jornais & jornalistas
Ao chegar a redação, foi logo sendo avisado: “O senador que falar com o senhor”. Pelo inusitado do recado e a pressa do mensageiro, Moniz Vianna ficou preocupado.

Ao chegar ao santuário do lendário redator chefe do Correio da Manhã, Costa Rego, com aspereza verbal e o rosto de promotor de acusação, disparou: Você sabe que este nome não é citado desde 1909”.

E, com o dedo em cima da coluna de cinema, apontou o nome maldito: Lima Barreto.

Aí, então, Moniz pôde suspirar, aliviado: “Senador, este Lima Barreto não é o escritor. É um diretor de cinema paulista, premiado no Festival de Veneza”.

Enquanto acendia novo charuto, Costa Rego encontrou a solução, para evitar a repetição desse equívoco: “Moniz, peça a esse rapaz para mudar o nome”.

Testemunho histórico
Atendendo ao convite de Valério Mesquita, Almino Afonso, que foi ministro do Governo João Goulart, estará em Natal durante a última semana de março – semana comemorativa da fundação do Instituto Histórico e Geográfico do RN.

Dependendo da gráfica paulista, que está rodando a 2ª edição, 1964 será lançado no Instituto.

Acervo
Foi enriquecido por duas relíquias do cinema: A Chave de Vidro, adaptação do livro de Dashiell Hammett, levado a tela por Stuart Heisler, com Alan Ladd, Veronica Lake, Brian Donlevy; Dúvida ( The Suspect), obra –prima  de Robert Siodmak, com Charles Laughton (soberbo), Ella Raines. Obrigado, Cláudio Emerenciano.

Galeria da arrogância Fernando Collor de Melo.

Reconhecimento
“Anna Maria acolhia Rubens e Isolda em encontros casuais e em notas estimulantes, quando um dia foi colunista social. Sim, um dia Anna Maria ditou as regras do soçaite de Natal. E nunca foi criticada. (Rubens Lemos Filho)

É bom … Mas, há filmes que, visto uma vez, basta. Ao contrário de outros, não temos vontade de revê-lo. É o caso de Hotel Budapeste, forte concorrendo ao Oscar 2015, na opinião de Cláudio Emerenciano.

Surpresa
Para surpresa e alegria, me vi citado, indiretamente, em A Servidão Diária, através de dois eventos “Neste 88 que chega  ao fim, assisti em Natal apenas a 18 filmes, e destes, 4 na Mostra do Cinema Soviético e 5 no Festival de Cinema, promoções do Governo do estado”.

Pelo menos, nos registros do Diário de Manoel Onofre Jr, esses dois eventos não foram levados pelo vento natalense do esquecimento.

Personagens
Entre os heróis do Velho Oeste, emerge, em primeiro plano, Will Kane, o xerife de Matar ou Morrer, protagonizado por Gary Cooper. Depois de ter libertado a cidade dos bandidos, Kane, agora abandonado pela população acovardada, ficará para enfrentar (sozinho) o bandido que saiu da prisão – e seus três capangas. Não precisava voltar, mas, contrariando as sugestões dos ex-amigos e os apelos da esposa (Grace Kelly), voltou para, num duelo desigual, matar ou morrer. Desta vez, o que irá fazer não será, porem, em nome da Lei, mas em obediência ao seu código de ética pessoal.

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