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Alckmin pede ajuda a São Pedro

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Nazaré Paulista (AE) – Enquanto a solução técnica não aparece, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, conta com ajuda de São Pedro para evitar o colapso no abastecimento de São Paulo e outras grandes cidades paulistas. Segundo ele, mesmo com o uso do volume morto do Sistema Cantareira e com o socorro dos sistemas interligados, a região metropolitana só tem água para quatro meses. “Chegaremos até o final do ano (com água), isso imaginando que não chova, mas é evidente que tem chuva”, afirmou ontem, durante vistoria às obras de captação da chamada reserva estratégica na Represa do Atibainha, em Nazaré Paulista.

Enquanto observava as bombas sugarem 20 metros cúbicos por segundo da chamada reserva estratégica do Cantareira na represa de Nazaré Paulista, o governador reclamava de um mês de agosto muito seco. “Foi um mês duro”, disse, sob o sol escaldante e um céu sem traço de nuvens. Em suas contas, Alckmin se apega ao fato de ainda ter disponível a segunda fase do volume morto, com mais de 200 bilhões de litros. A aposta do governador, candidato à reeleição em outubro, é que as chuvas comecem a voltar a partir de setembro.
Candidato à reeleição, Geraldo Alckmin é criticado por não ter adotado medidas preventivas
Ontem, ele previu que até 2019, os 365 municípios atendidos pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) terão 100% de tratamento de esgoto. O plano foi anunciado em  Nazaré Paulista. O objetivo é despoluir os rios e aumentar a disponibilidade de água para abastecimento.

Segundo Alckmin, os 310 municípios do interior vão atingir a meta no início de 2015, enquanto o litoral terá mais um ano para eliminar o lançamento de esgotos in natura no meio ambiente. O prazo maior será da Grande São Paulo, que concentra 60% da população e onde a maioria dos municípios têm sistemas próprios de saneamento. “Estamos conversando com os prefeitos e avançando”, disse. O governador lembrou que o tratamento de esgotos no Rio Paraíba do Sul permitiu que alguns municípios voltassem a captar as águas para abastecimento.

Cobrado sobre a poluição do Rio Tietê, Alckmin afirmou que o rio aparenta estar mais poluído por causa da seca histórica. “Em São Paulo, está com vazão de 10 metros cúbicos para diluir 50 metros cúbicos de poluição, então não dá.” Ele disse que, mais distante da capital, a mancha de poluição recuou 130 quilômetros. “Estava em Barra Bonita e agora está em Salto, mas nosso desafio é tratar o esgoto sanitário”, disse. Alckmin disse que até 2019 o rio estará despoluído.

As obras na Represa do Atibainha vão colocar à disposição da Região Metropolitana de São Paulo mais 77 milhões de metros cúbicos de água. Até outubro, segundo Alckmin, os reservatórios do Rio Grande e da Guarapiranga contribuirão com mais 1,8 m3/s para o Sistema Cantareira.

As medidas vão garantir o abastecimento da Grande São Paulo nos próximos quatro meses. “Agosto é o pior mês, o mais seco, mas chegaremos até o final do ano com água, ainda que não chova.” O tucano voltou a dizer que não há necessidade de racionar água em São Paulo. “Não temos no Estado um único município operado pela Sabesp em racionamento. Onde tem racionamento não é da Sabesp”, afirmou.

Alckmin visitou as obras do Atibainha acompanhado pelo secretário de Recursos Hídricos, Mauro Arce, e pela superintendente da Sabesp, Dilma Pena. O sistema está em testes e começa a operar para valer na sexta-feira, 22, retirando 20 m3/s de água da represa, que tem o fluxo cada vez mais distante da margem.

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