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Alecrim/Itapetinga, defende professor

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A proposta de construção da nova ponte é defendida pelo engenheiro civil com especialização em engenharia de transportes, Rubens Ramos. É dele, aliás, a proposta com mais detalhes até agora apresentada. O especialista propõe uma ponte que ligue o centro comercial do Alecrim à avenida Itapetinga. O equipamento teria aproximadamente 4 quilômetros de extensão e o investimento necessário está calculado em pelo menos R$ 500 milhões. “Uma ponte tem como função diminuir distâncias. Minha proposta é ligar esses dois locais e, assim, diminuir em até 50% o tempo de deslocamento entre os esses pontos”, comenta.
Proposta defendida pelo professor Rubens Ramos. A ponte ligaria a avenida Itapetinga e as avenidas Alexandrino de Alencar  e Presidente Quaresma
O projeto do professor tem como ponto de partida, no lado Norte da cidade, a avenida Itapetinga. A escolha da via é justificada pela sua importância na região e atual configuração – a avenida é duplicada e apresenta quatro pistas ao todo. A presença do ginásio Nélio Dias nas proximidades da avenida também é outra variável levado em consideração. “Temos aquele ginásio que está perdido no meio do nada. Não há ligação rápida para lá”, argumenta Rubens.

No lado Sul da capital, a ponte teria um bifurcação nas avenidas Alexandrino de Alencar e Presidente Quaresma. A primeira via seria em mão única com acesso para quem fosse para a zona Norte. A Presidente Quaresma seria o local de desemboque dos veículos provenientes da avenida Itapetinga. A área apontada pelo professor é ocupada pela Vila Naval. “Mas acredito que a Marinha não vai criar grandes problemas em fazer troca de imóveis com o Poder Público”, avalia o professor.

#SAIBAMAIS#Ramos explica ainda que as outras propostas ventiladas apresentam problemas de funcionalidade e viabilidade que não existem no projeto defendido por ele. Na opção de construir a ponte na continuidade do viaduto do Baldo, há a limitação do tráfego de embarcações que tenham como destino a Base Naval. Para solucionar o problema, a ponte teria que ter um vão alto, o que pode encarecer o projeto.  Além disso, diz o professor, o viaduto do Baldo é um projeto antigo que não apresenta funcionalidade para o trânsito.

Quando analisa a opção que aponta o bairro da Ribeira como ponto de partida da ponte, Rubens Ramos afirma que o local não garante fluidez no tráfego e já está limitado economicamente.

Por último, o estudioso acredita que a ponte na altura da avenida Mor Gouveia, no bairro de Felipe Camarão, tendo como destino uma área no município de São Gonçalo do Amarante é uma boa opção, mas não para fazer a ligação com a zona Norte. “Ali é uma boa alternativa para se chegar ao aeroporto Aluízio Alves”, diz. O equipamento naquele local, aliás, é apontado pelo professor como uma boa opção para construção de uma via expressa em parceria com a iniciativa privada. “Uma via expressa, privatizada, que leve os passageiros para o aeroporto. Quem não pagaria um pedágio para chegar em pouco tempo no aeroporto? Acredito que é viável”, coloca.

Estrutura da 1ª ponte está totalmente abandonada 
A ponte de ferro de Igapó voltou a ser tomada por faixas publicitárias. Esse tipo de ação está proibida pela Justiça desde abril de 2013, mas sem a fiscalização devida, o delito voltou a ser cometido. Há mais de um ano, o juiz Geraldo Antônio da Mota, da Vara da Fazenda Pública de Natal, condenou Prefeitura, Estado e proprietário da estrutura de ferro, empresa J. Lopes da Silva e Cia, a efetuarem reparos emergenciais e recuperação da ponte com colocação de assoalho, grades de proteção, pintura e iluminação. Até o momento, nada foi feito.

A condenação ocorreu a pedido do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) O  Ministério Público Estadual, por intermédio da 41ª Promotoria de Justiça da Comarca de Natal, com atribuições na Defesa do Meio Ambiente. O MPRN  ajuizou Ação Civil Pública pedindo as melhorias no local para limar os danos patrimoniais e extrapatrimoniais causados ao longo dos anos ao meio ambiente cultural pelo descaso para com a ponte de ferro de Igapó.

O juiz deu prazo de 180 dias paras as melhorias se tornarem realidade, mas a Justiça não está conseguindo localizar o proprietário da empresa J. Lopes da Silva & Cia. A empresa comprou a estrutura e retirou parte do material de ferro. A empresa está localizada no Estado da Bahia e a última carta precatória foi expedida no dia 16 de julho passado, mas voltou no dia 7 de outubro. O processo encontra-se concluso para despacho do juiz desde o dia 27 de outubro.

Para o pescador José Tertulino, 72 anos, a revitalização da ponte é importante para o local. “Venho pescar aqui quase todos os dias. Acho bonito essa ponte, mas acho que precisa de uma reformas. Ficaria muito mais bonito”, diz.

Desde 2003, existe um projeto de revitalização do local elaborado pelo arquiteto Ubarana Júnior. Intitulado “Museu Mirante do Potengi”, o projeto, além de revitalizar a ponte, proporcionar uma nova utilidade para o espaço. A ideia é construir um museu com cafeteria e cybercafé no final da ponte de ferro, no meio do rio. A construção é projetada para ter três andares e comportar deck, museu, auditório e praça de alimentação. O piso seria de madeira e ao longo da ponte bancos e mirantes seriam instalados. Até o momento, o projeto continua engavetado.

Propostas sobre terceira ponte
1. Viaduto do Baldo
Ponte seria construída a partir do viaduto do Baldo, na avenida Juvenal Lamartine, e teria como destino final a avenida João Medeiros Filho;

2. Ribeira
A ponte seria erguida nas proximidades do Porto de Natal e faria ligação na avenida João Medeiros Filho;

3. Mor Gouveia
Essa opção ligaria a avenida Capitão Mor Gouveia com a cidade de São Gonçalo do Amarante. Seria a opção mais rápida de acesso ao aeroporto Governador Aluízio Alves;

4. Alecrim
Proposta defendida pelo professor Rubens Ramos. A ponte ligaria a avenida Itapetinga e as avenidas Alexandrino de Alencar  e Presidente Quaresma. A estrutura teria aproximadamente 4 quilômetros de extensão e custaria aos cofres públicos o investimento de R$ 500 milhões.

Pontes sobre o Rio Potengi
1. Ponte férrea
A construção foi iniciada em 1913, concluída em 1915 e a ponte foi inaugurada em 20 de abril de 1916. Totalmente de ferro, possuía duas vias em sentidos opostos que permitiam a passagem dos trens da Estrada de Ferro Central. A ponte possuía uma extensão que totalizava 550 metros, com nove vãos de 50 metros e um de 70.
Com o passar do tempo e aumento de fluxo no local, a ponte de ferro foi desativada. Hoje, a estrutura encontra-se abandonada e necessita de reparos  para conservação. A estrutura pertence a uma empresa privada, cujo proprietário encontra-se no Estado da Bahia.

2. Ponte de Igapó
Foi construída em duas partes. A primeira pista com dois sentidos teve inauguração no ano de em 1970. A ampliação da estrutura ocorreu no ano de 1988. Atualmente, a ponte conta com 606 metros de extensão, quatro vias de rolamento e mais uma via férrea.
A ponte é de responsabilidade do Dnit e, assim como a estrutura metálica, esta também necessita de reparos. O órgão informa que vai restaurar o complexo. Para isto, lançará edital até o dia 15 de janeiro do próximo ano.
Segundo a STTU, o fluxo diário de carros no local atinge a marca de 60 mil veículos.

3. Ponte Newton Navarro
A ponte foi inaugurada no ano de 2007. A estrutura possui cerca de 1,8 quilômetro de extensão dos quais cerca de 500 metros são sustentados por cabos de aço presos a dois blocos centrais de 110 metros de altura. O restante é  sustentado por vãos convencionais.

O investimento do Governo do Estado para construção da ponte foi de R$ 194 milhões. Após sete anos de utilização, a ponte opera com menos da metade da capacidade. São aproximadamente 35 mil veículos por dia. Segundo especialistas, isso ocorre porque as obras de acesso a ponte – um complexo de túneis e viadutos na cabeceira Norte cujo valor é de aproximadamente R$ 12 milhões – sequer foram iniciadas.

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