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Alegria e susto no primeiro dia de provas em Natal

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Começaram ontem as disputas das Paralimpíadas Escolares 2015. Com competições em oito modalidades (atletismo, bocha, natação, judô, goalball, tênis de mesa, futebol de 7 e tênis em cadeira de rodas), as Escolares conheceram logo pela manhã seus primeiros medalhistas. Um deles, um mineiro fã do velocista Alan Fonteles, campeão paralímpico surgido na edição 2006 do evento. Ele, como muitos outros, sofreram com o forte calor de ontem na capital potiguar.
Além de encarar o calor, Roger Santos usou próteses de passeio
Cleber Teixeira Júnior, de 16 anos, chegou ao seu limite para deixar a pista de atletismo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) com a medalha de prata nos 400m classe T35. O esforço foi tão grande que Cleber precisou de atendimento médico após a prova. Recuperado, ele disse estar pronto para as outras provas que irá disputar em Natal, os 100m e os 1500m. Segundo o próprio atleta, o que aconteceu nesta quarta foi apenas mais um obstáculo superado em sua vida.

Por falta de oxigenação na hora do parto, Cleber sofreu paralisia cerebral e perdeu força e movimentação nos membros. “Éramos trigêmeos e eu era o menor bebê. Meus dois irmãos morreram no parto e eu ainda fiquei duas semanas na incubadora. Depois disso, só fui conseguir andar aos seis anos de idade. Mas hoje estou aqui correndo”, afirmou o velocista.

Cleber disse que o desenvolvimento no atletismo foi mais rápido do que aprender a andar. O corredor começou a treinar há apenas três anos e já bateu recordes brasileiros juvenis nos 100m e nos 400m. “Bati os dois recordes no ano passado. Foi para compensar 2013, quando tive problema na inscrição das Escolares e não pude competir”, lembrou.

Medalhista de prata no salto em distância, Gislaine pretende ir bem mais além na sua vida por meio do esporte. “Melhorei muito a minha coordenação motora com o esporte. Agora, posso correr e saltar. Comecei a praticar na escola, com o meu professor, que me estimulou muito, e hoje colho os frutos da minha evolução com medalhas”, comemora a atleta.

 Roger Santos, 16 anos, disputa pela primeira vez uma prova de biamputado nos Jogos Paralímpicos Escolares. Em Natal, Roger corre com próteses de passeio, que não são tão adequadas para o esporte.

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