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Aleluia, irmão!

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Agnelo Alves
Jornalista

Não conto os feriados no Brasil. Um costume que honramos desde os tempos em que éramos Colônia de Portugal. Dizem, o que não sei se verdade ou invencionice, ou mesmo não sei se é uma lenda, segundo a qual os portugueses vinham para o Brasil e engravidavam as índias e as afro-brasileiras, enchiam os burros de ouro, embarcavam num navio de volta para Lisboa e decretavam feriado religioso por uma semana e até um mês, em louvor de um santo. Pagavam todas as despesas até alisarem e aí voltavam para o Brasil, rumo a uma nova rodada de “embuchamento” das índias e das afro-brasileiras, daí juntavam mais ouro e voltavam para Portugal para festejar os feriados que custeavam e dedicavam aos santos padroeiros. Tudo de acordo com a Santa Madre Igreja.

O ano novo no Brasil – Janeiro – começa com feriados desde as antevésperas do Natal. No mês seguinte, fevereiro, o carnaval. Praticamente duas semanas de feriados. Aí começa março com a Semana Santa, não raro ultrapassando março para chegar a Abril, com a marca da “mentirinha”, 1º de Abril, que nem a “Revolução” de 64 ousou desafiar. Começou, inclusive, atrasando o relógio 24 horas para se livrar do 1º de Abril quando efetivamente começou. Tanto que não tem nenhum ato com a data de 1º de Abril. Com receio do ridículo do Dia da Mentira, os militares da “Redentora” preferiram assumir em 31 de março, um dia antes.

O mártir da Independência, Tiradentes, avocou o dia 21 para que seja sempre lembrado o seu sacrifício. No mês seguinte, maio, tem o Dia do Trabalho e o Dia das Mães, salve, salve! Entre aspas, este ano da graça de 2014 tem eleição para prefeito de Mossoró, dia quatro, próximo. E parece que tem outro feriado que não me recordo agora. Junho tem Santo Antônio, São João e São Pedro.

Em Julho, só me lembro do meu aniversário. Trabalho. Não digo o dia. Preciso? Não é feriado, graças a Deus, embora, nos meus tempos de Angicos, eu não ia para a escola, recebia os amigos para um pão de ló com guaraná, na parte da tarde. No almoço, antes, tinha galinha com farofa chamada “Carioca” que só Romana sabia fazer. Tenho saudades daqueles tempos que não voltam mais da minha infância querida.

Chegamos enfim, ao segundo semestre com a perfeição da perfeição, feriados nacionais, dias santificados, pontos facultativos e etecétera, etecétera, etecétera… E o Brasil é o país que tem mais greves no mundo. Apesar de tudo isso, até crescemos. O país poderia crescer mais? Porque não? Estamos na cadência dos passos. Obedecemos àquela máxima “devagar se vai ao longe”.

Aleluia!

Marchas das coisas
A presidente Dilma Rousseff, como candidata à reeleição, não tem o que temer relativamente aos seus dois concorrentes, Aécio Neves e Eduardo Campos.

O caso Petrobras ainda está sob controle, mesmo relativo, mas a economia ainda não deu provas de que está sob controle. Vigilância é uma coisa. Controle é outra muito diferente.

As próximas pesquisas são aguardadas com algo além da simples curiosidade para revelar uma ansiedade nacional. Vale esperar até o fim de abril.

Aqui no Estado, apenas sussurros. Não valem.

São Jorge
Não esqueci de São Jorge, outro feriado.

Bom ou mau negócio?
A presidente Dilma declarou que, se conhecesse os dois itens da compra da Refinaria Pasadena que foram omitidos, não teria aprovado. A presidente da Petrobras, Graça Foster, declarou que a compra “não foi um bom negócio”. O diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, responsável pela “omissão” dos dois itens, declarou e convenceu governo e oposição de que os itens não tinham importância nenhuma e que a compra da Refinaria foi um bom negócio. O diretor em questão vê melhor por um olho só. Imaginem se enxergasse bem pelos dois olhos…

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