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Algo deve mudar

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Da Redação [ [email protected] ]

A crise econômica ocupa todas as manchetes da imprensa escrita, falada e televisiva, como se dizia antigamente; as mentes e os corações do Governo, dos empresários e dos políticos. Destes últimos, bem menos! Porque entre eles, quem não está pensando em se salvar das delações premiadas do “Petrolão”, a maioria pensa é em como se aproveitar da situação. O que é bem próprio desse jeito brasileiro de ser e fazer política. Ontem, após a apresentação do Orçamento Geral da União para 2016, com uma previsão de defícit na casa dos R$ 31 bilhões e inflação projetada para 5,4%, deu para ver que fraco das pernas, da cabeça e dos bolsos como está, o governo de dona Dilma, não vai ter mesmo como separar a crise econômica da política.

Para diminuir o buraco nas contas, o governo vai precisar do apoio do Congresso para aumentar a arrecadação. Traduzindo: criar novos impostos ou aumentar os que já existem. O ideal seria fazer a reforma fiscal, mas essa se arrasta a tanto tempo em  meio ao cipoal de interesses conflitantes de estados, uniões, municípios e agentes econômicos produtivos que está fora de questão como a saída da crise, apesar de ser a única alternativa segura e duradoura. O Governo não tem mais tempo, as medidas não podem demorar, as negociações terão que ser apressadas. Para valerem no ano que vem, os mecanismos de aumento da arrecadação têm que se aprovados este ano no Congresso. Por isso que a presidente Dilma ensacou a viola, engoliu a altivez de sargento de milícias que lhe atribuem e chamou o deputado Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, para uma conversinha amigável no Planalto. Fora as declarações oficiais, o que acertaram? A presidente, com as contas de campanha sob suspeição do TSE de financiamento ilegal, e o deputado, denunciado pela PGJ por recebimento de propinas na Lava Jato…

Tudo junto e misturado, as perspectivas para esse restinho de ano e para 2016 não são nada boas. Dois dos recentes entrevistados aqui na TN, acertaram ao alertar que a crise política “é uma crise moral” (Bira Rocha) e essa vai levar tempo, muito tempo mesmo, para ser superada; e também que, na economia, “ainda não chegamos ao fundo do poço” (Fernando Bezerra). Mutatis mutandis, diriam os jurisconsultos. E o príncipe Falconeri, da obra de Lampedusa, acrescentaria: “para que tudo e todos fiquem como estão”. (CP)

Mercado desconfiado
O Indicador de Confiança do Micro e Pequeno Empresário (ICMPE) de varejo e de serviços, medido pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), registrou 36,70 pontos em agosto. O resultado, abaixo do nível neutro de 50 pontos, demostra um pessimismo ainda maior com o presente e futuro próximo da economia e dos negócios, em relação ao mês passado (37,06 pontos).

Cabeça e pescoço
O dr. Fernando Pinto, da secção local da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço, dá conta que na próxima semana, a partir da terça-feira (08) e até o dia 11 de setembro, Natal vai sedear o XXV Congresso Brasileiro de Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Acontecerá no Centro de Convenções e espera-se especialistas de todo o país de também nomes internacionais para o fórum científico.

Vacinação
A Secretaria Municipal de Saúde de Natal decidiu prorrogar até a próxima sexta-feira, dia 4 de setembro, a Campanha de Vacinação Contra a Paralisia Infantil. Pais e responsáveis podem procurar a vacina, gratuitamente, em qualquer uma unidade de saúde, das 8h às 16h. Devem ser vacinadas crianças de seis meses a menores de cinco anos. A campanha era até segunda feira passada, mas a capital alcançou apenas 53,58% do universo de crianças a serem vacinadas, daí a prorrogação. No estado todo, a cobertura foi de 74,11%.

Igreja e aborto
O pontificado de Francisco é um sopro de vitalidade, uma esperança de renovação e um estímulo a atualização da fé e das práticas católicas. O Papa surpreendeu a todos ao declarar que vai autorizar aos padres, durante o ano do Jubileu,  o poder de “arbítrio para absolver o pecado do aborto àqueles que o possuem e a quem, com o coração constrito, buscam o perdão por isso”. Na prática, o aborto e a permanência de quem o praticou no seio da Igreja e na fé passa a ser uma questão de consciência entre o fiel e seu pastor.

Paralisação no Detran 
Quem tem negócios para resolver no Detran/RN não deve deixar para amanhá o que pode fazer hoje. Os servidores de lá anunciam que nesta quinta-feira (03) vão paralisar as atividades por 24 horas “em protesto contra o travamento nas negociações da pauta da categoria entre o SINAI-RN e o Governo” Reposição salarial, reestruturação do plano de carreira e nomeações dos concursados são os pontos principais da campanha salarial em curso.

Cidadania 
A abertura da Semana da Pátria, ontem pela manhã na Praça Pedro Velho – que a turma gosta de chamar de “praça cívica” – causou um tumulto danado no trânsito do Plano Palumbo. Deu gosto ver o jet aflito no engarrafamento, mas não tanto quanto a meninada das escolas que participaram, junto com a programação oficial feita pelos militares para acender o “Fogo da Pátria”, do lançamento do Setembro Cidadão. Depois do desfile, a turma dos coleguinhas jornalistas foi fazer um passeio de barco pelo rio Potengi. Sexta, tem a solenidade oficial da jornada pela cidadania, às 14h, na Escola de Governo. 

Consumo 
O Procon Natal anuncia para os dias 10 e 11 de setembro (quinta e sexta-feira), o 1º Congresso Municipal do Direito do Consumidor. Vai ser no Praia Mar Hotel e Convention. O tema das palestras e debates será “25 anos do Código de Defesa do Consumidor – Sua aplicação e eficácia nas relações de consumo”. O encontro é destinado ao público em geral e as inscrições gratuitas. Para participar, tem que  acessar o site do Procon/Natal (www.natal.rn.gov.br/procon) e clicar em “inscrição de evento”. Detalhe interessante: o congresso  está sendo totalmente custeado com recursos oriundos das multas aplicadas pelo Procon/Natal a quem não seguiu o Código de Defesa do Consumidor direitinho.

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