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Alpargatas fecha fábrica no interior do RN

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Renata Moura
Editora de economia

A Alpargatas SA, empresa do setor calçadista com sede em São Paulo, fechou a fábrica instalada no município de Santo Antônio, no Rio Grande do Norte, a 70Km de Natal. Cerca de 200 trabalhadores foram demitidos.
 
A desativação da fábrica foi confirmada pelo prefeito da cidade, Lula Ribeiro, por meio de sua página no Facebook, neste fim de semana.  Em entrevista à TRIBUNA DO NORTE, a supervisora da unidade, Gina Helena de Oliveira Silva, 38, que trabalhou na fábrica por 20 anos, afirmou que os funcionários foram comunicados sobre o fechamento durante a troca de turnos, na tarde de sexta-feira. A produção foi encerrada às 14h.

A fábrica produzia 4 mil pares de calçados esportivos por dia.  Os calçados eram costurados na unidade e enviados para a fábrica localizada em Santa Rita, na Paraíba, onde eram finalizados.

Entre os demitidos estão operadores de costura, técnicos de segurança, mecânicos e auxiliares de escritório. “A cidade é pequena. Infelizmente isso é um abalo, um impacto grande.  Ganhávamos pouco mais de um salário e girava toda uma cidade. A fábrica existia há 21 anos”, disse a supervisora da unidade. Ela ressaltou que ao longo dos anos de funcionamento não houve atraso de salários. “Eles não deixaram nada a desejar e agora asseguraram que vamos receber todos os nosso direitos”, acrescentou.

Natal
Esta é a segunda unidade da Alpargatas desativada no  RN em menos de três anos. No final de 2012, a unidade instalada em Natal também fechou as portas. Atualmente, a única em operação no estado está localizada em Nova Cruz.

À época do fechamento em Natal, a empresa informou que o motivo era a “otimização do processo produtivo”. As atividades acabaram sendo transferidas para a Paraíba, em busca, segundo a empresa, de ganhos de produção e eficiência logística.
O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Sílvio Torquato, afirmou ontem não estar a par de qualquer informação sobre o fechamento da fábrica. A empresa, segundo ele, não procurou o governo este ano em busca de incentivos ou para relatar qualquer dificuldade relacionada às operações no RN.

A TRIBUNA DO NORTE tentou, mas não conseguiu contato com a direção da empresa.

*Leia  mais na edição deste domingo da Tribuna do Norte

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