Os mistérios sem limites do espaço sideral passaram a ser desvendados pelos estudantes do ensino fundamental do Instituto Educacional Casa Escola (IECE). Como? Através da confecção e lançamento de foguetes capazes de alçar voos de até 80 metros de altura. Nesta semana, os estudantes colocaram em prova seus conhecimentos e competiram na Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA), organizada pela Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB). Para tornar a façanha possível, eles se submeteram a uma verdadeira maratona de aprendizado, a partir de conteúdos que vão desde história à astronomia e física.
Movidas à base de água e ar comprimido, as “engenhocas” dos alunos são feitas a partir de materiais reciclados, sobretudo garrafas pet. Para o combustível, os estudantes utilizaram água e ar comprimido por bombas de encher pneu. O papelão e a fita adesiva também foram usados com criatividade pelos alunos que personalizam suas criações a seu gosto, sem deixar de lado os conhecimentos sobre a força da gravidade, além de cálculos referentes à medição da velocidade e distância.
Conhecimentos gerais
“Durante a confecção dos foguetes, além de conteúdos sobre ciência e tecnologia, também apresentamos aos alunos, conhecimentos de história. Eles tiveram a oportunidade de conhecer melhor a vida do primeiro astronauta sul-americano ao chegar à Lua, o brasileiro Marcos Pontes”, observa o professor de ciências da Casa Escola Jorge Raminelli.
Para ele, a participação dos alunos em atividades paralelas à teoria vista em sala de aula é importante para que desenvolvam autonomia quanto à resolução de problemas. “Livro didático não é tudo. É preciso colocar o aluno para pensar. A ideia da educação de hoje não é medir conhecimento, mas a habilidade do estudante”, explica.
