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Apesar das chuvas, quadro ainda é de incertezas no RN

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Os agricultores do ramo de fruticultura irrigada consideram a situação para o setor — de incidência e distribuição das chuvas — bem melhor que o registrado nos dois últimos anos, mas ressaltam que ainda há um quadro de incertezas. O volume de chuvas entre janeiro e março deste ano, por exemplo, está acima dos registros em igual período de 2013, mas ainda insuficientes para garantir as condições para uma boa safra.

Nos municípios onde estão as maiores áreas cultivadas da fruticultura, o volume acumulado de chuvas nos três primeiros meses deste ano está acima do registrado ano passado, mas muito distante de uma condição normal a exemplo do cenário do ano de 2011. Um ano com altas médias de chuvas em todas as regiões do Rio Grande do Norte.  O ex-presidente do Comitê Executivo de Fitossanidade (Coex) e produtor, Francisco de Paula Segundo, apesar do cenário ser melhor que em 2013, uma preocupação dos produtores é que essas chuvas não sejam suficientes para recarregar os mananciais e garantir a safra no próximo ano.

#SAIBAMAIS#As áreas de cultivo dependem, em parte, da captação de água a partir dos poços artesianos. Por enquanto, o inverno tem molhado o solo, mas diferente dos anos de 2010 e 2011, não há qualquer garantia de condições seguras para uma boa safra. “Ainda assim estamos bastante animados. A chuva, mesmo que não seja um grande inverno, é importante para a fruticultura porque entre outras coisas, quebra o ciclo de pragas”, afirma Francisco de Paula Segundo.

Em Mossoró, choveu praticamente o dobro no primeiro trimestre deste ano em relação ao ano passado, mas apenas metade do registrado em 2010. É um dos principais produtores de frutas do Estado. A fruticultura é uma das principais atividades econômicas do Rio Grande do Norte, com alta geração de emprego especialmente na região Oeste, e tem forte participação na balança comercial de exportações do Estado. O período de preparação da safra começa em junho e a temporada de exportações a partir de agosto.

O segmento sofreu este ano um dos mais dutos golpes desde que se desenvolveu como importante atividade econômica, no Estado, com o fechamento de 6.200 postos de emprego nas áreas de cultivo da Del Monte Fresh Produce Brasil, anunciada em março deste ano. As dificuldades causadas por dois anos seguidos de seca foram os principais motivos alegados pela empresa para reduzir drasticamente as áreas de cultivo de banana.

E não são apenas os fruticultores que estão ressabiados quanto às eventuais garantias que o inverno deste ano pode oferecer. Os pequenos agricultores já começaram a plantar em municípios como Santana do Matos e Caicó, mas estão incrédulos se irão mesmo colher porque há uma baixa regularidade  na incidência e distribuição das chuvas. A aposta é na previsão de que o inverno deve ser melhor até o mês de maio.

Em março, o Governo do Estado começou a distribuição de sementes para plantio. O planejamento da Secretaria Estadual de Agricultura é para distribuição de 321 toneladas de sementes, sendo 95 toneladas de feijão, 145 de milho e 81 de sorgo. O investimento total para a aquisição destas sementes foi de R$ 2,8 milhões.

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