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Aplicativos não substituem professor

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A maioria dos professores de Educação Física parece ser favorável ao uso dos aplicativos de ginástica nas academias ou até mesmo fora delas. A praticidade e a propriedade de poder personalizar o treino são bastante atrativos. Mas uma coisa é certa: nada disso substitui a figura do professor.
A praticidade é bastante atrativa, mas cuidado: orientação de um professor é indispensável
Os próprios sites onde os aplicativos são baixados já avisam que o orientador físico é insubstituível. “Os programas mostram como fazer, mas eles não podem mostrar a proporção , o tempo de exercício, alguns detalhes que só o professor pode mostrar para o aluno. E por medida de segurança, só o professor graduado, com uma boa orientação, pode mostrar ao aluno. E ele corre um risco se não houver essa orientação”, comenta Igor Costa, educador físico e personal trainer, que também ressalta o fato de que um programa de exercício montado para um aluno não necessariamente servirá para outro.

Mas Igor já identificou uma desvantagem: como o aplicativo é instalado no smartphone do aluno, o uso pessoal do aparelho — chamadas telefônicas, agenda, trabalhos, e-mail e redes sociais — pode entrar em conflito com a utilização do programa, principalmente na hora do treino.

“Aí, no momento do treino, alguém interferir, fazer uma chamada, ele vai ter que interromper tudo para responder àquela pessoa. Afinal, é o seu aparelho pessoal e não para treinamento. Isso é uma desvantagem enorme, principalmente dentro de um salão de musculação”, diz Igor.

Atrapalha o aluno estar malhando e ter que parar para atender uma chamada ou responder um e-mail urgente. O descando que seria de apenas um minuto, torna-se uma pausa de dez minutos, interferindo no treinamento.

Treino programado

O professor de Educação Física e avaliador físico, Bruno Paulo, acredita que esses aplicativos podem auxiliar bastante no processo de busca da saúde — principalmente por quem conseguir aproveitar todos os benefícios da nova tecnologia. Mas ele alerta, porém, que são os profissionais da área quem melhor podem utilizar as informações apontadas pelos programas.

O personal trainer, que trabalha de forma individualizada, pode elaborar diários e históricos com recursos gráficos, de acordo com Bruno Paulo, facilitando o seu trabalho com relatórios de atividades. “É algo que tem se usado muito, até mesmo como controle. Quem souber aproveitar bem a tecnologia nova pode ser muito beneficiado.”

O avaliador físico comenta haver alguns aplicativos que interagem com os alunos, e outros mais informativos e até de controle médico.

Bruno Paulo diz utilizar os aplicativos mais como usuário do que em seu dia a dia profissional. Até porque sua atuação é mais na área de avaliação física, o que não necessita de tanta mobilidade, já que fica em uma sala da academia, usando o computador, “uma máquina bem mais possante.”

Como usuário, ele diz usar com mais frequência aplicativos relacionados com corrida. Bruno aproveita para comentar sobre importantes marcas de calçados esportivos a lançarem programas próprios de avaliação física. “Adidas e Nike têm tênis com chipe e GPS, para marcar, criar e compartilhar rotas. “Você pode descarregar as informações do chipe no celular.”

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