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Atividades de campo estão paradas

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Praticamente todo o trabalho de combate ao mosquito transmissor da dengue está parado, em Natal. Segundo o diretor do Sindicato dos Agentes de Endemias do Rio Grande do Norte (SINDAS), Cosmo Mariz, 70% dos 656 agentes de endemia de Natal não trabalham nas ações de campo, desde novembro do ano passado. Isso, por duas razões: falta de equipamentos e de larvicida. Em 2012, vários bairros da Zona Norte receberam apenas três visitas, quando o mínimo estabelecido pelo Ministério da Saúde, seriam seis.
Em Natal, as visitas de campo estão reduzidas devido à falta do larvicida. A SMS prometeu sanar os problemas em até 20 dias
Cosmo Mariz citou, pelo menos, cinco bairros onde o trabalho ficou pela metade: Santa Catarina, Soledade, N. Sra. Apresentação, Nova Natal, Jardim Progresso, Redinha e Igapó. Este último, segundo Cosmo Mariz, é um dos bairros em situação mais crítica. “Como o ciclo de visitas foi quebrado, os  índices de infestação devem ter aumentado”, afirmou o agente. Ele disse que na Zona Norte já havia problemas, antes de mesmo da paralisação, por causa do déficit de pessoal.  Além disso, as equipes estavam trabalhando sem equipamentos adequados.

Na lista de exigências para o retorno das atividades, estão a compra de novo fardamento, bolsas, picadeiras, protetor solar, formulários e substituição do  larvicida vencido que ainda está em uso, além da resolução de questões trabalhistas. Segundo Cosmo Mariz, os equipamentos são básicos e, sem eles, é impossível realizar as atividades. Enquanto o impasse não é resolvido, os agentes estão cumprindo rotinas administrativas,  sem ir a campo.

No último dia 11, o Sindas/RN se reuniu com o secretário da Saúde de Natal (SMS), Cipriano Maia, e com a direção do Centro de Controle de Zoonoses para decidir quando os agentes voltarão às ruas.  A reunião, de acordo com Cosmo Mariz, foi positiva. “A administração atual se mostrou interessada em sanar os problemas. Precisamos avançar”, afirmou Cosmo Mariz. No encontro, foi definido que a falta de equipamentos seria sanada em até 20 dias.

Assim que essa parte do acordo for cumprida, afirmou Cosmo Mariz, os agentes voltarão ao serviço. Apesar do acordo promissor, os agentes ainda esperam outras melhorias, como a liberação da insalubridade para 54 funcionários que trabalham com o manuseio de veneno, a instituição de gratificações e a ampliação do quadro de funcionários. Hoje, além dos 512 agentes do quadro efetivo, 144 trabalham como temporários, e terão seus contratos vencidos em maio.

Se esses contratos não forem renovados, a cidade pode enfrentar um nova epidemia de dengue, segundo alerta do sindicalista. “Além da efetivação dos temporários, precisamos contratar, pelo menos, mais 100 agentes”, disse.

ZONEAMENTO

Outra melhoria prometida pela SMS foi a divisão da cidade em zonas administradas por agentes fixos – o zoneamento – , o que ajudaria na identificação e resolução  dos problemas de cada comunidade. A categoria também espera a regularização do fornecimento de vale-transporte e a realização periódica de exames de sangue. Quanto a este último ponto, ficou acordado que a SMS buscaria um convênio com a UFRN.

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