quinta-feira, 28 de março, 2024
29.1 C
Natal
quinta-feira, 28 de março, 2024

Ativista quer apoiar projeto no RN

- Publicidade -

O trabalho da organização não-governamental AMJUS, desenvolvido para preservação de tartarugas na cidade de São Miguel do Gostoso, atraiu a atenção da ativista Ana Paula Maciel, integrante do Greenpeace, que ficou conhecida pela prisão na Rússia, onde permaneceu detida por dois meses, ano passado, depois de invadir um navio. A bióloga gaúcha desembarcou ontem no Estado para conhecer e analisar o trabalho desenvolvido em São Miguel do Gostoso.
Ativista gaúcha, Ana Paula Maciel, passou dois meses presa, na Rússia, por defender o Ártico
Ela explicou que o objetivo com essa visita é “unir forças”, caso o projeto seja de acordo com a ideologia de preservação ambiental. “Esse é um projeto que trabalha há cinco anos e, recentemente, entrou na preservação das tartarugas marinhas que é espécie em extinção e já trabalhei em outros projetos, fui voluntária Brasil afora”, lembrou Ana Paula, ressaltando que já foi voluntária no México também em ações envolvendo a defesa das tartarugas marinhas. Ela disse que o interesse dela em participar dessas ações é pelo fato dessa espécie ser muito vulnerável.

 A ativista defendeu  o elo sustentabilidade com o turismo ecológico e a preservação ambiental, como forma de despertar para comunidade local. “Eu gostaria de fazer uma parceria com essa Ong (AMJUS) para chamar atenção desse problema ambiental de maneira que se possa desenvolver o turismo ecológico em um lugar, para um destino como Gostoso, unindo a proteção ambiental das espécies e o turismo ecológico”, comentou.

Ana Paula Maciel analisou que para o trabalho de preservação e desenvolvimento sustentável é também fundamental o engajamento da população. “A comunidade local precisa se envolver com a causa e com o desenvolvimento sustentável do turismo. Eles (a comunidade) precisa  perceber que a natureza vale muito mais viva do que destruída. Os pescadores, no momento que aprendem a salvar uma tartaruga que está amarrada na sua rede, eles podem começar a entender o valor que a tartaruga tem porque no seu mercado de peixe terá o turismo”, explicou Ana Paula.

A bióloga trabalha há dez anos no Greenpeace e explicou que o vínculo com a instituição se faz no momento em que é feito um contrato para embarcar em um dos três navios que circulam pelo mundo defendendo causas como a luta pela mudança climática, os tóxicos e a preservação das florestas tropicais. “Nós saímos com os navios mundo afora chamando atenção para as causas ambientais dessas campanhas”, destacou.

Depois de passar dois meses presa, fato que ocorreu em setembro e outubro, na Rússia, depois mais um mês liberta, mas vigiada pelo governo russo, Ana Paula já inicia novos projetos, como se engajar em ações, como a de São Miguel do Gostoso, e proferir palestras para grandes empresas, despertando a importância para os projetos de preservação ambiental.

AMJUS
A organização não-governamental AMJUS, que atua em São Miguel do Gostoso, é voltado para proteção de tartarugas marinhas. A entidade, que começou o trabalho em 2009, começou 2014 com mais de 40 ninhos de tartarugas registrados.

A AMJUS desenvolve a atividade na área de educação e pesquisa. São desenvolvidas campanhas de sensibilização e educação ambiental informando frequentadores da praia, moradores, pescadores, empresários e turistas, e também nas escolas e grupos sociais, sobre a importância da colaboração de todos para a continuidade do ciclo de vida das tartarugas.

- Publicidade -
Últimas Notícias
- Publicidade -
Notícias Relacionadas