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Atlas de anatomia artística é lançado hoje na Siciliano

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O estudo da anatomia – um ramo da medicina visto com certo estranhamento por quem não é da área – pode sim receber um tratamento artístico e lúdico. É o que pretende mostrar o ‘Atlas de Anatomia Artística’, do professor de anatomia humana André Davim, que será lançado nesta quarta-feira, às 19h, na livraria Saraiva/Siciliano do Midway Mall. O lançamento é parte integrante da programação do VI Encontro de Anatomia promovido pelo Centro Universitário do RN (UNI-RN).
O corpo humano dissecado em forma de pintura:  didático
O atlas de anatomia artística reúne uma seleção de ilustrações que utiliza técnicas de pintura em corpos vivos, com finalidades didáticas, ao lado de imagens habituais das chamadas ‘peças naturais’ de estudo – os cadáveres humanos. O livro traz imagens de peças dissecadas e textos bilíngues em português e inglês. O idealizador André Davim acredita que se trata da primeira obra do gênero a unir o estudo anatômico baseado em peças naturais associando  anatomia artística e teoria. O atlas possui 164 páginas.

“É uma ferramenta para auxiliar o estudo, não houve intenção de fazer obras de arte ou mudar os parâmetros”, afirma o professor de anatomia. O atlas conta com nove capítulos onde foram retratadas as anatomias do sistema muscular, pé, mão, joelho, mama, plexo braquial, ombro, e os sistemas respiratório, circulatório e digestório. Apesar de ressaltar a falta de pretensões artísticas do trabalho, Davim acredita que a realização do atlas envolveu sensibilidade artística.

“Trabalhei com dois ex-alunos meus que possuem o dom artístico. Isto foi fundamental. Acrescentei a eles meus conhecimentos aprofundados de anatomia, e técnicas que complementaram o serviço”, explica. Entre as técnicas utilizadas estão a da anatomia de superfície e a de anatomia palpatória, em que através do olhar e do toque o profissional delimita as regiões do corpo. O trabalho em conjunto uniu sensibilidades artísticas e técnicas. Junto às ilustrações também conta com informações teóricas, dados clínicos e curiosidades.

Jorge Davim trabalha a técnica de pintura corporal para aulas desde 2007. A iniciativa surgiu como um complemento à falta de peças naturais dissecadas para as aulas. “A verdade é que não há cadáveres suficientes para o número cada vez maior de alunos, e das faculdades novas que aparecem todo dia. O ‘body painting’ foi uma alternativa que após certo tempo se mostrou um trabalho  mais importante do que parecia”, afirma. Ele usa corpos vivos pintados em aulas práticas diversas, seja na sala de aula ou em laboratórios. Segundo ele, já há repercussão em congressos internacionais e artigos em revista. “Da Vinci já provou que a imagem mais bonita que existe é a do corpo humano. Nosso trabalho apenas confirma isso”, conclui.

Serviço: Lançamento do Atlas de Anatomia Artística, de André Davim. Quarta, às 19h, na Saraiva, Midway Mall. 

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