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Autor de filme sobre Maomé está sob proteção da polícia

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Los Angeles (AE) – O homem suspeito de produzir um filme de baixo orçamento que ridiculariza o profeta Maomé foi colocado sob proteção da polícia norte-americana depois de deflagrar uma violenta onda de manifestações pelo mundo. Jornalistas estavam reunidos ontem em frente à residência de Nakoula Basseley Nakoula nos arredores de Los Angeles depois de funcionários norte-americanos o terem identificado como diretor do filme “A inocência dos muçulmanos”. Não havia sinais de movimento na casa de Nakoula, um cristão copta de 55 anos que aparentemente colocou o trailer do filme no YouTube sob o pseudônimo de “Sam Bacile”, mas a polícia informou que ele pediu proteção. Familiares recusavam-se a atender à imprensa ontem. “Nós recebemos o pedido e respondemos a ele. Estamos fornecendo segurança pública e continuaremos assim”, disse Steve Whitman, porta-voz do xerife do condado de Cerritos, 40 quilômetros ao sul de Los Angeles.
Quinta-feira foi dia de protestos contra filme que insulta Maomé
O pouco que se sabe sobre a vida de Nakoula é que ele foi condenado a um ano e nove meses de prisão em 2010 por fraude bancária. Ele foi considerado culpado de ter roubado milhares de dólares por meio do uso de nomes falsos e números reais do serviço de seguro social para obter acesso a crédito bancário. Autoridades federais norte-americanas investigam a possibilidade de Nakoula ter violado os termos de liberdade condicional, que proíbe o uso de computadores e da internet.

Segundo uma fonte nos serviços de segurança dos EUA, o governo norte-americano identificou Nakoula como o diretor do filme. Em entrevista concedida à Associated Press, Nakoula negou ser Sam Bacile. Existe a possibilidade de mais de uma pessoa usar o mesmo pseudônimo.

O filme que ridiculariza o profeta Maomé desencadeou uma onda de protestos em diversos países islâmicos e resultou na morte do embaixador norte-americano na Líbia, Christopher Stevens, e de mais três diplomatas em Benghazi.

Na quarta-feira, um homem identificou-se à AP como Sam Bacile, disse ser um corretor de imóveis judeu israelense e assumiu a responsabilidade pelo filme. Mas crescentes evidências mostram que ele não existe, a começar pelo fato de Israel não ter localizado registro de nenhum cidadão com esse nome. Nakoula disse à AP que “trabalhou apenas” na parte logística da companhia que produziu a película. No filme, Maomé é caracterizado como um mulherengo indolente, promíscuo e conivente com o abuso de crianças. Atores amadores proferem insultos disfarçados de revelações sobre Maomé em diálogos engessados, enquanto os seguidores do profeta são mostrados como um bando de idiotas.

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