Em quatro anos, o autor e pesquisador Thiago Gonzaga publicou oito livros e editou várias edições da Revista da Academia Norte-riograndense de Letras ao lado do escritor Manoel Onofre Júnior. Servidor público municipal lotado na Urbana, cedido para a Academia, e editor do blog 101 Livros do RN (101livrosdorn.blogspot.com), Gonzaga se notabilizou por seu entusiasmo diante da eferverscência vista no mercado literário local. Seu oitavo livro, “Impressões Digitais volume 3” (Sebo Vermelho/CJA Edições), será lançado terça-feira (dia 1º), às 18h, na sede da Academia em Petrópolis, e tudo indica que será o último – pelo menos por um tempo.
“Vejo que já dei minha contribuição como autor, por isso decidi dar um tempo. Na verdade não pretendo publicar outro título tão cedo. E não é nem por causa das vendas, pois meus livros têm apelo e pelo menos três estão esgotados”, frisou Thiago, gari licenciado com pós-Graduação em Literatura e Cultura Potiguar pela
UFRN e aluno do Mestrado em Literatura Comprada.
“Vou continuar editando a revista da ANL e trabalhando com literatura, só que de outra forma: tem muita gente publicando, precisa de gente para ler tudo o que está sendo lançado, então vou me dedicar a projeto de formação de leitores nas escolas”, adiantou. Ele enquadrou na lei de incentivo Câmara Cascudo o projeto “Caravana de Escritores Potiguares”, em fase de captação.
O novo livro fecha a trilogia de entrevistas com autores potiguares e Gonzaga traz nova coleção de 40 entrevistas – totalizando 120 depoimentos. Neste terceiro volume, constam nomes como o jornalista Osair Vasconcelos, o poeta Carlos Gurgel, os cordelistas Zé Martins e José Acaci, o pesquisador Gutenberg Costa, a contista Cellina Muniz, o poeta/processo Falves e o cinéfilo Inácio Magalhães. Yasmine Lemos, Públio José, Rosa Régis, Bené Chaves, Alexandre Alves, Muirakytan de Macêdo Drika Duarte, Regina Azevedo, Ada Lima, Wescley Gama e Daniel Minchoni também estão listados em “Impressões Digitais 3”.
“Dessa vez a edição traz fotos dos entrevistados. Também priorizei autores da atual safra literária que vem do Seridó, e abri mais espaço para autores populares e cordelistas”, informou.
