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Bento e Francisco, juntos?

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Mais um motivo para que a decisão da Copa 2014 seja diferente de todas as outras copas, até pelo detalhe de, desde a primeira competição, em 1930 o Vaticano só dava posse ao sucessor depois da vacância do cargo. Desta vez, o Papa Francisco sucedeu a Bento XVI este ainda em vida, prevalecendo o seu estado de saúde, precário. Até agora, o Vaticano nada citou sobre a possibilidade de assistirem, juntos, pelo menos o primeiro tempo. Sabe-se que Francisco aprecia o futebol, é torcedor do San Lorenzo, mas seu antecessor, Bento nunca revelou qualquer interesse pelo futebol. Não é agora que vai perder tempo diante da televisão, acredita-se. Na longa história do Vaticano, não consta qualquer Papa que tenha revelado interesse por futebol, a partir do Papa Leão XIII, e demais, como Pio X, Benedito XV, Pio XI, Pio XII, João XXIII, Paulo VI, João Paulo e João Paulo II, nenhum revelou apreciar o futebol. Papa Francisco é a exceção.

13 na decisão

Para os supersticiosos, um prato cheio: a decisão de logo mais neste domingo valendo o Mundial cai num dia 13, valendo lembrar que é a primeira vez em que a Fifa registra uma decisão de Copa no  temido e pouco confiável dia 13.  Para uma competição tradicionalmente disputada na metade do ano, a maioria das decisões do título sempre aconteceu entre os meses de junho e julho, e agora a coincidência da 20ª Copa coincidir com um dia 13. Para os supersticiosos, há até um velho adágio popular alertando que “cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém…” Talvez por conta de crendices, muitos torcedores vão cuidar de acender  velinhas aos seus santos protetores, fazer orações, pisar com o pé direito ao adentrarem no Maracanã,  rezar a oração matinal e fazer promessas aos santos populares da igreja católica. Se é evangélico, rezar o milenar “Pai Nosso”. É preciso ver que são duas forças indiscutíveis do  futebol mundial, e a ironia do maior ganhador de Copas – o  Brasil passar ao largo do título. Dessa vez, cairá na mãos de uma das duas velhas raposas, que são Alemanha e Argentina.  Os europeus jamais conseguiram ganhar uma Copa jogando nas Américas.

Seleções “copeiras”

Pelo menos até agora, o time do Brasil ainda é o maior copeiro, pois é o único a acumular um penta campeonato. Outro  respeitado é o time alemão, com o  primeiro título  acontecendo em 1954, quando da Copa disputada na Suíça, a grande final reunindo Alemanha x Suíça, vitória do “Deutscher” por 3×2, arbitragem de Walter Ling, da Inglaterra. O segundo título alemão aconteceu 20 anos depois, em 1974, quando na grande final derrotou a Holanda por 2×1, gols de Neekens para os holandeses, Breitner e Müller os dos germânicos. O time alemão era arrasador, tinha Beckenbauer, Vogts, Breitner, Bonhof, Gravobski, Overath, Gerd Müller, e o técnico vitorioso,  Helmut Schöen.

Seleções “copeiras” (2)

Em 1978 foi a vez da Argentina sair do zero,  na decisão batendo a Holanda por 3×1, gols de Kempes  (2) e Bertoni, Nanning fez  o da Holanda. Foi o primeiro grande feito dos argentinos.  Em 1986, novamente os los hermanos na frente, derrotando na decisão a Alemanha Ocidental, por 3×2, gols de Brown, Valdano e Burruchaga, descontando  Völler e Rumenigge para os alemães ocidentais.  Mostrou que numa decisão os branquelos alemães nem sempre são imbatíveis. O time de Felipão é que se borrou.

Fim de festa

Depois de um mês, de 12 de junho a 13 de julho, a Copa 2014 chega ao fim logo mais depois das 17h (se não houver prorrogação ou penalidades),  com seus legados e entornos, críticas e elogios, alegrias e tristezas, sucessos e frustrações, a justiça  apontar as duas melhores seleções, ambas invictas, um equilíbrio tão acentuado que se igualam em vitórias e empates. Cada uma com quatro vitórias e dois empates, nenhuma derrota. Pode ser que aconteça hoje. Nos demais confrontos, não houve perdedores nos dois melhores times. Se empatarem nos 90 minutos e decidirem na prorrogação ou nos pênaltis,  vai doer, porque as duas terminarão invictas. Prorrogação é uma excrecência do futebol.

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