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Bomba no futebol

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Marcos Lopes [[email protected]]

Agora é esperar os desdobramentos das prisões de executivos da Fifa, que aconteceram na Suíça, incluindo  o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, que de forma preventiva foram banidos do futebol pela entidade. Autoridades norte-americanas vinham investigando indícios de corrupção na Concacaf e na realização da Copa do América de 2016 nos EUA, que movimentou segundo o FBI algo em torno de 110 milhões de dólares, além de subornos e propinas de toda natureza. Este episódio serviu como combustível imediato para reforçar o pedido de uma CPI do Futebol no Brasil e para voltar todos os holofotes para a CBF, afinal de contas um ex-presidente da entidade foi preso e outro, Ricardo Teixeira tem envolvimento em denúncias de irregularidades até a medula. O que penso que deve ser muito avaliado neste momento é se o futebol brasileiro foi atingido diretamente pelo esquema de corrupção descoberto pelo FBI ou não.  É preciso saber se a máquina de corrupção agiu também no futebol brasileiro e notadamente na Copa de 2014. O fato é que foi um bomba de alto poder destrutivo que explodiu nas primeiras horas da manhã de quarta-feira no país do futebol. Mas também é vero, que tudo o que está acontecendo não pode servir para dizer que tudo está errado ou podre no futebol do país, é preciso calma para as avaliações porque neste momento o que vai aparecer de “sujo falando de mal lavado” e de aproveitadores de ocasião, vai ser uma grandeza.

Só vale com projeto   
Todo mundo que faz oposição precisa antes de qualquer coisa de projetos, de idéias e de planejamento. Fazer oposição apenas no grito, na base da crítica e do tumulto, com movimentos orquestrados, financiados e muitas vezes usando grupos de simpatizantes como apoio é muito pequeno, vazio, irresponsável  e sem sustentação. Vejam nas eleições político/partidárias, aqueles nanicos que não tem nenhum tipo de projeto e que servem como massa de manobra, como bucha de canhão para atacar quem está no poder e/ou quem está na frente na campanha. É assim e é assim em uma  eleição de conselho comunitário, de um grêmio estudantil, para eleição de síndico e para eleição em um clube de futebol. Acompanhei as eleições de Inter e Grêmio por exemplo, onde a oposição apresentou cadernos de intenção, propostas voltadas para o futebol, para o social, para o patrimônio, quer dizer a turma da oposição fez uma campanha reta, clara e mostrando a cara o tempo todo. Qual é portanto a dificuldade da oposição no ABC aparecer de cara limpa, de peito aberto, dizendo que este ou aquele conselheiro é o candidato? Qual é a dificuldade de dar publicidade  às propostas para uma eventual administração?  Uma oposição clara a transparente, com os líderes identificados – se imagina quem sejam – e discutindo propostas é muito melhor do que ataques orquestrados e crítica pela crítica.

No Arruda
Gilmar Dal Pozzo chegou na segunda-feira e trabalhou o time do ABC com a mesma formação que enfrentou o Luverdense, com Saulo, Reginaldo, Suelinton, Leandro Amaro e Lima; Fábio Bahia, Dedé, Erivelton e Ronaldo Mendes; Fabinho Alves e Kayke, que é uma boa formação tática, mas que precisa de uma melhor organização tática. Erivelton, que já jogou de atacante de ponta, de meia e de ala, tem que jogar na dele, como uma terceiro homem de meio, e Ronaldo Mendes não pode ser adiantado como foi com o interino Ademir Fesan. Tem que jogar na posição real dele. Dal Pozzo tem como filosofia de jogo, a marcação por setor, ocupação de  espaços e saídas rápidas, quer trabalhar o ABC de forma equilibrada. Não vai jogar para a torcida com dois meias e três atacantes, e nem deve o ABC de Dal Pozzo ser time para dar espetáculo. O ABC a partir de hoje deve apresentar o que é fundamental em qualquer competição, o futebol de resultados, que é o que vale no final das contas.

Em Arapiraca
Agora resta ao técnico Roberto Fernandes esperar pelos auditores do STJD para definir principalmente a ala direita, onde ele  só tem Maguinho para improvisar no setor, e é justamente Maguinho que preocupa, já que denunciado por agressão na expulsão em Marabá e a pena mínima é de quatro jogos, a menos que os advogados do América consigam desclassificar a denúncia neste artigo. Diogo que é o único lateral-direito de ofício ainda está na fase de transição. Nos demais setores a base que vem jogando está mantida e que é na minha avaliação uma base de boa qualidade técnica para a realidade da competição.

Briga por vagas
A briga por vagas na Copa do Brasil e na quarta divisão do Campeonato Brasileiro tem causado um racha entre algumas federações do Nordeste. A disputa pode inclusive chegar ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva  nos próximos meses. Um movimento de cartolas, liderado pela Federação Baiana, se articula para denunciar supostas irregularidades de outros estados e, assim, conseguir a exclusão de alguns clubes, sobrando mais lugares nas competições nacionais em questão.Os dirigentes que estão por trás desse movimento alegam que algumas federações não cumpriram as regras da CBF ao fazerem estaduais fora do calendário divulgado como base para todo o Brasil. Alagoas, Paraíba, Ceará e Pernambuco seriam as “infratoras”.Eles  se baseiam no novo regulamento da confederação, em seu artigo 101, que diz que “as federações deverão respeitar o calendário nacional notadamente em relação ao período de férias e de pré-temporada sob pena dos clubes de seu Estado ficarem impedidos de disputar competições coordenadas pela CBF”.O calendário da FNF, criticado por alguns, seguiu o estabelecido pela Confederação Brasileira de Futebol, seguindo o RGC e o calendário da confederação. No encontro de Maceió, onde foi levantada esta questão, o presidente da FNF, José Vanildo posicionou-se favorável ao pleito da Baiana. Se existe uma regra, um regulamento e um calendário,devem ser cumpridos.

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