Começou ontem o cadastro na Seharpe dos moradores de Mãe Luíza para receber auxílio moradia no valor de um salário mínimo (R$ 724), em decorrência do deslizamento. O valor será pago tanto aos donos de casas desabadas, quanto aos de imóveis interditados pela Defesa Civil Municipal. O cadastro vai até quinta-feira e moradores devem levar carteira de identidade, CPF e número da conta bancária para depósito. De acordo com a Seharpe, até ontem 91 famílias estavam aptas a receber o auxílio. A expectativa é que o montante seja pago até cinco dias úteis após formalização do processo de pagamento.
A diretora do departamento de Ações Sociais da Secretaria de Habitação, Violeta Quevedo, explica que a ordem de comparecimento ao órgão para cadastro foi organizada por ordem alfabética e por rua das casas atingidas, com média de 30 atendimentos diários. Ontem foram os moradores da rua Guanabara com nomes de iniciais de A a M. Hoje é o dia dos moradores da Guanabara do M ao W e começam os moradores da rua Atalaia, de A a F. No terceiro dia devem comparecer aqueles moradores com iniciais de F a Z. No último dia serão atendidos os novos processos que chegarem à Seharpe e os retardatários.
#SAIBAMAIS#Para receber o auxílio, é preciso ter laudo da Defesa Civil informando a interdição do imóvel (ou boletim de ocorrência para aqueles cujas casas desabaram) e cadastro na Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social (Semtas) com análise socioeconômica das famílias. Atingidos que não recorreram podem procurar as secretarias, desde que tenham o laudo da Defesa Civil.
Segundo Violeta Quevedo, o benefício será pago até que a situação das moradias sejam resolvidas. A Seharpe estima em R$ 500 mil os gastos com auxílio moradia neste ano, a ser pago por até seis meses, renovável por igual período. Em até 60 dias após o pagamento da primeira parcela os contemplados devem comunicar formalmente novo endereço e, por amostragem, será feita fiscalização para confirmar o emprego do valor nos gastos relativos à moradia. Quem não comunicar poderá ter benefício suspenso até regularizar sua situação.
Com a interdição de sua casa na rua Guanabara a cozinheira Luciene Maria de Araújo adquiriu gasto extra de R$ 350 com o aluguel, além das contas que já tinha de água e luz. Enquanto não recebe auxílio moradia, o segurança Alexsandro Fernandes está morando com o pai desde a interdição de sua casa na rua Guanabara.