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Cade investiga suposto cartel de bancos estrangeiros

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Brasília (AE) – Depois de investigações nos Estados Unidos e em países da Europa, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) abriu processo para apurar um suposto cartel de bancos organizado para manipular taxas de câmbio no Brasil, envolvendo o real e moedas estrangeiras. Segundo o Conselho, o esquema pode ter prejudicado empresas brasileiras, grandes bancos e casas de câmbio. “Se a casa de câmbio consumiu a moeda a preço mais alto porque estava cartelizado, prejudicou também o turista brasileiro que comprou moeda”, diz o superintendente-geral do Cade, Eduardo Frade.

O processo foi instaurado depois de denúncia de um dos participantes do esquema. São investigados os bancos Barclays, Citigroup, Credit Suisse, Deutsche Bank, HSBC, JP Morgan Chase, Merril Lynch, Morgan Stanley, Nomura, Royal Bank of Canada, Royal Bank of Scotland, Standard Chartered e UBS, Banco Standard de Investimentos e Banco Tokyo-Mitsubishi UFJ, além de 30 pessoas físicas. Segundo o Cade, não há indício de participação de empresas brasileiras no esquema.

Os acusados terão 30 dias para apresentar defesa. Não há previsão de quando a superintendência enviará parecer para o plenário do Cade, que é responsável por julgar as empresas envolvidas. Se condenadas, as empresas poderão pagar multa bilionária.

O Cade trocou informações com órgãos de concorrência de outros países, mas a investigação brasileira começou após um dos bancos procurar o conselho e pedir um acordo de leniência, pelo qual oferece informações em troca de uma punição menor. Nesse caso, o banco, cujo nome é mantido em sigilo pelo conselho, negociou o não-pagamento da multa. O denunciante entregou ao conselho um relato bem detalhado de como funcionava o esquema, com cópias de conversas em chats e e-mails.

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