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Caern aponta sacola plástica como uma das principais vilãs do setor de saneamento

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Considerada uma ameaça à natureza pelos ambientalistas, a aparentemente frágil sacola plástica, utilizada no comércio para acondicionamento de produtos de vários tipos, sobretudo compras como a feira mensal das famílias, passou a ser um dos principais símbolos de poluição. No cenário do saneamento, a sacolinha reafirma a fama de vilã. Vê-las voando pela cidade não é algo difícil. Assim, sem grandes dificuldades elas acabam chegando à rede de esgoto, além, também, de serem descartadas indevidamente pela população. Atualmente, as sacolas estão entre os principais itens responsáveis pelas obstruções nas redes de esgotamento sanitário da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern).
Sacolas plásticas estão entre os itens que mais congestionam a rede de esgotos
“As sacolas de plástico prejudicam bastante a rede coletora, causando entupimentos constantes o que pode causar extravasamento. Na Estação Elevatória de Esgoto elas também aparecem na grade de retenção de solos”, explica o gerente da Regional Natal Sul da Caern, Lamarcos Teixeira.  Ele lembra que em grandes centros, as sacolas plásticas já estão sendo boicotadas. Em São Paulo, por exemplo, uma lei estadual determina que o utensílio não pode mais ser distribuído gratuitamente pelos supermercados. Recusá-las na hora das compras e substituí-las pelas ecobags (bolsas ecológicas) têm sido a alternativa das pessoas que se preocupam com a preservação do meio ambiente.

Os lixões estão amontoados com sacolas de supermercado. Este material em média demora 300 anos para desaparecer no meio ambiente e torna-se verdadeiro veículo de proliferação de bactérias. O professor Júlio César Aquino, do curso de Gestão Ambiental da UnP, explica que a reciclagem após o uso com o lixo é inviável. E dentre as ameaças ao meio ambiente está a impermeabilização do solo. Os problemas que podem trazer aos animais são tantos que na Índia, onde a vaca é um animal sagrado, o uso das sacolas é proibido para preservá-las.

Adesão

Na realidade potiguar, não foi até o momento criada uma lei que regule a utilização destas sacolas. Mas a consciência ambiental já está presente em alguns estabelecimentos comerciais. No Supermercado Nordestão, por exemplo, foi tomada uma medida que visa à preservação ambiental. A medida adotada por eles foi a substituição da sacola de plástico, por uma sacola de plástico oxibiodegradável, que desaparece em apenas 120 dias.

“O intuito é colaborar para o meio ambiente e o Supermercado acredita que este é um investimento importante. Hoje, também, trabalhamos com a educação ambiental, tanto de funcionários, quanto, de clientes, principalmente, quanto ao uso das ecobags”, afirma Manoel Etelvino, Diretor-Presidente do Supermercado Nordestão.

Atitudes ambientais podem trazer resultados e até mesmo melhorias para a própria população. O simples gesto de não jogar na rede de esgoto nenhum tipo de lixo, incluindo a sacola plástica, já evita o entupimento da rede. Recusar este tipo de material, substituindo por sacolas ecologicamente corretas também é algo que ajuda para a preservação do meio ambiente.

“A educação ambiental é algo que precisa ser difundido na sociedade e entender os motivos das mudanças é o primeiro passo. As sacolas de acordo com os estudos mais recente são inegavelmente prejudiciais ao meio ambiente”, conclui professor Júlio César.

Com informações da Caern.

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