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Caics do RN precisam de R$ 30 milhões para reconstrução

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Pedro Andrade
Repórter

Após anos de abandono e com estrutura deteriorada, os Centros de Atenção Integrada à Criança (Caics) de Macaíba e Ceará-Mirim, administrados pelo Governo do Estado, aguardam aprovação e liberação de recursos pelo governo federal para dar início às obras de recuperação das estruturas. Apesar de esses dois aguardarem verba, outras oito unidades estaduais esperam a elaboração de projetos e planilhas para pleitear suas reformas. O custo aproximado dos serviços em cada Caic está orçado em R$ 3 milhões e, de acordo com a Secretaria de Estado da Educação e Cultura (Seec), os serviços já foram executados em três unidade e está em andamento em outra. Para reformar os dez com estruturas precárias, é necessário investimento de aproximadamente R$ 30 milhões.

Enquanto aguarda aprovação dos recursos pelo Plano de Ações Articuladas (PAR) do governo federal, o Caic de Macaíba segue deteriorado. Dos três blocos com salas de aula, laboratórios, refeitório, espaços para prática de esportes, ginásio, quadra e campo gramado, quase todos os espaços estão inutilizados. Das 20 salas de aula existentes, menos da metade é ocupada pelos 380 alunos, do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental, matriculados na Escola Estadual Jessé Pinto Freire Filho, que funciona no local. A vice-diretora Ana Cristina Andrade conta que as instalações inauguradas em 1994 nunca passaram por obras.
Caic de Macaíba está com estrutura depredada e aguarda liberação de recursos para reforma
O Caic atende crianças e adolescentes de comunidades carentes próximas, mas devido ao abandono a maioria das salas estão cheias de poeira, ao invés de janelas há grandes buracos nas paredes, laboratórios desativados e banheiros quebrados. “Muitas crianças e os próprios pais querem ir para as escolas do Centro, porque acham aqui feio, mal cuidado”, afirma Ana Cristina. Os problemas avançaram até que a direção decidiu lacrar alguns ambientes. O bloco onde funcionou uma creche está repleto de lixo e o cenário se repete no ginásio: onde havia banheiros, vestiários e uma cantina, hoje há apenas lixo e estrutura danificada.

#SAIBAMAIS#No Caic de Parnamirim, onde funciona a Escola Estadual Professor Arnaldo Arsênio de Azevedo, a situação começa a mudar. As obras estruturais e nas redes hidráulica e elétrica, que começaram em abril de 2012, foram suspensas em março de 2013 e retomadas no mês passado. O local chegou a ser interditado em 2011 por problemas estruturais. Durante o ano de 2012 a escola funcionou onde hoje é a E. E. Santos Dumont, próximo à Base Aérea de Natal, para dar andamento aos serviços.

A coordenadora Nina Pereira diz que a mudança causou perda de alunos, ainda não recuperada desde o retorno ao Caic. “Ficamos na Santos Dumont e voltamos em 2013. Tinha mais de 2 mil alunos, mas muitos saíram por causa da distância. Depois ficamos controlando as matrículas porque, enquanto está em reforma, nossa capacidade está reduzida. Hoje temos 1437 alunos”, explica.

A obra foi concluída no primeiro bloco, onde estão 12 salas de aula. No segundo prédio, cinco salas estão funcionando e o restante está interditado para obras. O ginásio, que também será reformado, é atualmente utilizado como depósito, assim como parte do terceiro prédio, onde o cenário de salas abandonadas ainda está presente. A caixa d’água do Caic, que precisa de reparos estruturais e hidráulicos, e o ginásio devem começar a ser reparados nesta semana. Devido às obras, uma sala para o turno da noite foi improvisada no refeitório.

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