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Caixa estuda elevar juros e restringir financiamentos

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Marcelo Lima
*Repórter

A Caixa Econômica Federal (CEF) pretende modificar novamente as regras de financiamentos de imóveis que utilizam como fonte de recursos a poupança. A TRIBUNA DO NORTE teve acesso a um documento do banco público que prevê o reajuste de juros, crescimento do limite mínimo do valor do imóvel para o financiamento e a redução do percentual do valor total que pode ser financiado.
Renato Gomes Netto, do Secovi/RN diz que medida é preocupante
As novas regras deverão ser publicadas na próxima segunda-feira (13), mas só devem começar a valer em 13 de maio de 2015, segundo o documento. Apesar disso, o documento  – que também foi enviado a imobiliárias  – informa que só as propostas de crédito aprovadas até a data de hoje (10) poderão ser regidas pelas regras anteriores, contanto que a assinatura ocorra até 30 de abril. Não é informado como ficarão os financiamentos contratados no intervalo entre os dias 11 de abril e 12 do próximo mês.

“Tem que estar tudo aprovado até amanhã (hoje) e lançado no sistema deles”, disse Renato Gomes Netto, presidente do Sindicato da Habitação (Secovi/RN), que também recebeu o informativo com as novas regras.

#SAIBAMAIS#Em nota, a assessoria de imprensa da Caixa, em Brasília, não comentou se haverá mudanças no financiamento, mas lembrou que os mais recentes reajustes foram feitos em janeiro deste ano.

Juros
Uma das principais mudanças em análise é na taxa de juros do Sistema de Financiamento Habitacional (SFH) que utiliza o dinheiro da poupança e possibilita a compra de imóveis de até R$ 650 mil na maioria das regiões do Brasil – exceção para São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais que tem uma margem de R$ 100 mil a mais. Os cinco tipos de taxas de juros deverão ter reajustes menos de três meses depois do último aumento.

O valor de financiamento  mínimo de imóveis também salta de R$ 50 mil para R$ 100 mil. Ainda por meio de nota, a CEF informou que não trabalha com valor de financiamento mínimo, mas que “as operações são avaliadas de acordo com o perfil de aquisição de crédito pelo cliente e enquadramento do imóvel”.

Outra mudança prevista é a redução do valor total do imóvel financiado pelo banco. Quando a opção de financiamento for com parcelas decrescentes, só 80% dele poderá ser financiado. Até hoje era uma quota de 90%. Quando for com parcelas crescentes, apenas 50% do valor do imóvel poderá ser  financiado segundo informa o documento. Nesta última opção, o banco financiava até 80% nessa modalidade conhecida como tabela Price. Essas quotas de financiamento só não são válidas para servidores públicos.

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