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Caminhamos para crescimento ainda inferior, diz Giannetti

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Em pouco mais de uma hora de palestra, o professor, escritor, economista e filósofo mineiro Eduardo Giannetti dissecou o momento atual da economia no Brasil – tempos de “reversão de expectativas”, segundo ele -, e projetou o cenário e as perspectivas mais plausíveis que estão colocados para a economia brasileira a curto prazo (2015) e a médio prazo, mais pra frente.
Centenas de pessoas acompanharam palestra no auditório da Fiern
Para uma plateia formada por líderes do setor, Gianneti falou que  governo Dilma Rousseff vai terminar o seu mandato agora, em 2014, com a menor taxa de crescimento da era republicana no Brasil depois dos governos de Floriano Peixoto e Collor de Melo. “O nosso crescimento que vinha um pouco acima de 4% ao ano, em média, passou para um patamar cronicamente baixo de 2% ao ano, em média, sendo que esse ano caminhamos para um crescimento ainda inferior. Um baixo crescimento que já se torna crônico”, disse.
Durante evento, TN lançou caderno Imóveis & Construções
Segundo ele, há dois fatores domésticos que impedem o Brasil de dar sequência ao movimento ascendente que teve entre 2003 e 2010.

“O primeiro deles é estrutural. Eu queria voltar para 1988. Parece incrível, em 1988 a carga tributária bruta no Brasil era uma carga tributária normal de país de renda média. O total de impostos arrecadados pelo Estado (União, Estados e Municípios) somava, em 1988, 24% do PIB. Era uma carga tributária de tamanho normal para um país de renda média. Os países de renda média como o Brasil tem cargas tributárias quase que sem exceção, de 20 a 25% do PIB. Pois bem, hoje, 2014, a carga tributária brasileira, que veio subindo sistematicamente de lá para cá, alcança 36,5% do PIB. Não para aí, porque o Estado Brasileiro além de drenar 36,5% do PIB, gasta 3,5% do PIB a mais do que ele arrecada. Em 1988, com uma carga tributária de 24% do PIB, o estado brasileiro investia em formação bruta de capital fixo, basicamente infraestrutura, 3% do PIB. A carga era bem menor, e o investimento era 3% do PIB”.

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