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Candidatos querem alianças para aumentar tempo de TV

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Faltando pouco mais de seis meses para o pleito municipal de 2012, os candidatos e partidos políticos têm mais uma preocupação. A propaganda eleitoral gratuita no rádio e televisão, prevista para começar no próximo dia 21 de agosto, é mais uma oportunidade para que exponham suas metas para o futuro governo, caso eleitos, e conquistem os eleitores, principalmente os que permanecerem indecisos até o início da propaganda. Além, é claro, de criticar seus adversários.

Atualmente, de acordo com levantamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Partido dos Trabalhadores (PT) é o que dispõe de maior tempo para a propaganda gratuita, com 3min21seg, de um total de meia hora, divididos entre mais doze legendas. O com o menor intervalo de tempo é o Partido Republicano Brasileiro (PRB), com 18 segundos. O tempo de cada partido varia de acordo com a quantidade de deputadores federais eleitos no último pleito.

De acordo com marqueteiros e jornalistas que têm experiência em campanhas eleitorais, o sucesso propaganda no horário eleitoral gratuito está calcado num bom candidato e nas ideais desenvolvidas pela equipe de marketing que devem ser condizentes com o perfil do concorrente a um dos cargos eletivos em disputa. “O que faz realmente diferença são as qualidades dos candidatos e uma boa proposta de governo. Um tempo maior de propaganda possibilita maiores coisas, óbvio. Entretanto, existem alguns políticos brasileiros que mesmo com um tempo menor em comparação com outros candidatos, obtiveram êxito”, explicou o jornalista Osair Vasconcelos.

Para ele, o eleitor brasileiro está mais crítico em relação à escolha dos candidatos e as campanhas que se resumem às acusações entre um concorrente e outro já não surtem mais os resultados do passado. Além disso, Vasconcelos disse que existiram candidatos com uma quantidade de tempo razoável nos programas que acabaram se perdendo ao longo da campanha por terem escolhido somente a acusação, em detrimento da utilização do tempo disponível na televisão para expor metas de governo.

“Se você tem de um lado um candidato com propostas e de outro lado pouco tempo, no meio entra um bom marketing político”, disse, quando questionado sobre a administração do período de cada partido. 

Ele comentou, ainda, que além da campanha gratuita, os políticos podem explorar as propagandas pagas ao longo do dia.

Para o publicitário João Maria Medeiros, uma boa opção para os partidos que dispõe de poucos minutos ou segundos, é formar alianças com outras legendas, as conhecidas coligações.

“O que o eleitor quer e o que a gente (equipe de marketing/publicidade) propõe é uma campanha propositiva. O eleitor não aceita mais a crítica pela crítica”, analisou Medeiros. De acordo com uma breve análise das últimas campanhas, ele comentou que o eleitor vem se firmando com um pensamento mais crítico em relação aos candidatos há pelo menos doze anos. “É um processo de consciência crítica do eleitorado ao longo desses anos. Os candidatos, não digo a maioria, acompanharam isso”. Medeiros reiterou que a formação de alianças fortalece e dá mais tempo para os programas gratuitos na televisão. O que, ao final, garante a construção de uma campanha publicitária mais completa.

Questionado sobre a questão do pouco tempo disponibilizado para a maioria dos partidos, o publicitário Rogério Nunes disse que nem sempre isto é um problema. “Para a Publicidade, o tempo curto é tranquilo. A linguagem publicitária é direcionada para pouco tempo de veiculação na televisão”, esclareceu. Ele fez um comparativo com os textos jornalísticos, que geralmente dispõem de mais espaço para esclarecer fatos. “Em pouco tempo, a publicidade deve vender tudo. No caso da propaganda eleitoral é preciso ter foco. Além de um bom candidato”, destacou.

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