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Carnaval dos editais

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Sustentabilidade, incentivo e profissionalização são as palavras mais perseguidas (e almejadas) do Carnaval natalense de uns tempos para cá. O interesse por elas é comum tanto pelos que fazem a festa acontecer como por quem financia, e o grande desafio é fazer com que todos tenham entendimentos parecidos de como exercitá-las: enquanto os carnavalescos reclamam do baixo valor da ajuda de custo para colocar o bloco (ou a escola de samba) na rua, os gestores sugerem que se busque alternativas para viabilizar a folia sem a dependência exclusiva de verbas públicas.
Com Chamada Pública, Prefeitura apresenta sua linha de financiamento  para blocos, tribos, escolas de samba e bandas de música. Já o Governo do Estado desiste de publicar edital por falta de tempo hábil e verba disponível
A questão amadurece a cada ano, principalmente a partir da conscientização dos produtores-foliões quanto a necessidade de profissionalizar as relações, e a Prefeitura de Natal apresentou na  terça (13) quais os investimentos para 2015 ao abrir chamadas públicas para escolha de Rei e Rainha; seleção de artistas para os shows nos pólos Ponta Negra, Redinha, Centro Histórico e Rocas; credenciamento de orquestras de frevo; e apoio à Escolas de Samba, Tribos de Índios, blocos, troças e bailes. As inscrições para carnavalescos da capital potiguar interessados em pleitear ajuda financeira junto ao Município estão abertas e seguem até o próximo dia 20 de janeiro.

#SAIBAMAIS#Já agremiações de outras cidades do Rio Grande do Norte não poderão contar com ajuda do Governo Estadual, pois a Fundação José Augusto alega não ter tempo hábil nem dinheiro em caixa para abrir um edital que atenda as demandas do período do Carnaval.

A chamada pública da Prefeitura de Natal para o Carnaval 2015 contempla as seguintes categorias: Rei e Rainha do Carnaval (R$ 7 mil para cada um), figurinista (R$ 7 mil) e corneteiro (R$ 5 mil) do reinado; seleção de 36 artistas para shows nos quatro pólos (R$ 5 mil por atração); credenciamento de bandas de frevo (R$ 9,2 mil para grupos com 13 integrantes, R$ 15,4 mil para bandas com 26 integrantes, R$ 22 mil para 40 integrantes; e 27,8 mil bandas de 52 integrantes). As Escolas de Samba do Grupo A concorrem a ajudas de R$ 15 mil e do Grupo B R$ 10 mil, Tribos de Índios R$ 7 mil (A) e R$ 4 mil (B); enquanto os blocos possuem três faixas de apoio – R$ 2 mil, R$ 4 mil e R$ 10 mil – de acordo com o tamanho.

“As Escolas e Tribos passam por dificuldades financeiras, mas vamos todos com muita garra para a avenida”, garantiu Kerginaldo Alves, presidente da Aestin (Associação das Escolas de Samba e Tribos de Índios de Natal). Kerginaldo acredita que editais e chamadas públicas são “boas opções”, mas critica a falta de diálogo. “Este ano não houve um encontro para discutirmos os termos da chamada pública. Defendo que Natal promova shows com atrações nacionais, mas é bom que se diga que as Escolas e Tribos estão com o pires na mão sem saber de onde tirar dinheiro para desfilar”, sentencia. Para ele, para o Carnaval funcionar é preciso haver envolvimento de três setores: poder público, iniciativa privada e comunidade. “As Escolas estão se organizando para atrair patrocínios, mas ainda dependem de recursos públicos para sair na avenida”, informa. Alves diz que é preciso ter um acompanhamento técnico permanente para potencializar a sustentabilidade das agremiações. 

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