Tapioca é o prato do momento. Da alimentação saudável ao deslumbre gourmet, todos parecem ter uma ideia para a tradicional receita indígena. Entre veteranos e novidadeiros, há um estilo de tapioca para todos os gostos. O nome tapiocaria ainda parecia algo estranho quando a Casa de Taipa abriu as portas há 14 anos. Mas agradou em cheio a nativos e turistas. A casa inaugura hoje (sexta) o seu novo endereço ao público, na avenida Praia de Ponta Negra, a partir das 17h.
“A tapioca merece todo esse glamour que está rolando, pois é um prato incrível, sempre achamos isso”, afirma Dúnia Bernardes, que comanda a Casa de Taipa ao lado do parceiro Maurício Manzano. Ela conta que quando apostou nesse segmento, constatou que a tapioca era uma das receitas mais versáteis da cozinha brasileira. “O sabor neutro dela combina com tudo. É bom de comer só com manteiga ou do jeito mais ‘gourmetizado’. Tem uma receita pra cada dia”, diz.
A nova Casa de Taipa vem maior e com mais novidades para fãs da goma de tapioca assada. O chef Nito Avelar assinou o novo cardápio. “Procurei conciliar o resgate dos ingredientes nordestinos, com uma pitada de sofisticação. E também manter os clássicos da casa”, diz. Entre as novidades estão a ginga com tapioca (servida com uma meladinha), mais recheios de cordeiro, charque ao creme de jerimum, moqueca, creme de queijo de manteiga, e vários tipos de recheios com camarão.
A maioria das tapiocas está contando com um molho específico para harmonizar. Agora também há pratos de entradas, como os dadinhos de tapioca, camarão empanado com castanha de caju e goma de mandioca, entre outros. E como sobremesa, não apenas tapiocas doces; também há bolos de tapioca, milho e macaxeira com coco, acompanhados de sorvete. As tapiocas foram mantidas, como as recheadas com carne de sol.
Refinamento artesanal
Foram sete meses de obras na nova casa. É notório o apuro do trabalho artesanal e estilizado: a fachada é composta de forquilhas de madeira entrelaçadas como uma rede; na cobertura do salão externo, o teto é forrado com 430 balaios de Pium, iluminados por 230 lâmpadas; as paredes e o piso são de barro queimado; o salão interno tem teto com esteiras coloridas, e os balcões são revestidos com raladores iluminados por lâmpadas. O projeto é da arquiteta Viviane Teles. A casa comporta agora 160 pessoas.
Anexa à tapiocaria, foi mantida a loja de arte Alma Brasileira, que Dúnia e Maurício abriram há dez anos. O acervo é resultado das muitas viagens que o casal faz pelo Brasil, incluindo também peças raras de artistas potiguares. Entre os locais há as rendeiras de mestre Etevaldo, além de Severino Brasil, Ramino Barbosa e Ambrósio Córdula, mestre Zezinho de Minas Gerais, entre outros. A arte também alimenta.
Serviço:
Casa de Taipa Tapiocaria.
Av. Praia de Ponta Negra, 8868 (próximo ao estacionamento do Praia Shopping).
Aberto diariamente, das 17 às 0h.
Tel.: 3263-4227.