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Causos Macaibenses

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Valério Mesquita
Escritor

O macaibense Vinício Ferreira da Costa é farmacêutico em Macaíba. Quando jovem bebia e bagunçava na cidade desde o tempo de solteiro. Certa vez, estava no Gango (baixo meretrício de Macaíba) quando uma mulher sentiu dores de parto. Naquele tempo não havia ambulância, nem hospital, somente a parteira Maria de Adauto. Aí a meretriz, quase parindo no meio da rua, foi logo vista pelo farmacêutico Vinício que, gritou: “Pessoal. vamos fazer uma rodinha para as crianças não verem”. A essa altura a mulher já estava parindo sob os seus cuidados. Quando o delegado da cidade flagrou o tumulto e Vinício no meio dele, logo quis saber: “Ele tá aprontando, vou vê o que é”. Chegando lá o tenente indagou: “O que foi isso Vinício?”. “Foi a p… que pariu”, respondeu. Outra confusão se instalou, embora tenha falado a verdade.

02) Vinício casou-se em 1957 e o celebrante foi o padre Chacon. Depois de seis meses, o sacerdote encontrou a esposa e perguntou: “E aí, já tem filhos”. “Ainda não”. O padre Chacon avisou: “Amanhã estarei viajando para o Vaticano e vou levar uma vela e acender para no mínimo ter três casais”.  Padre Chacon passou alguns anos ausente e quando voltou a Macaíba, num sábado da feira, encontrou a mulher e indagou: “E aí, já tem filhos?”. Ela disse: “Eu tenho dez filhos e estou esperando mais um”. Contente o vigário disparou: “Graças a Deus. Tá vendo, deu certo. E o amigo Vinício onde está?”. “Ele viajou para o Vaticano a fim de apagar o resto das velas!”.

03) Ainda sobre o folclórico Vinício da farmácia, na época em que bebia, vinha melado dirigindo sua rural Willys. O guarda apitou. Mas, de repente, ele pensou mais alto: “Oba, ele tá melado… Vou dá uma ferrada nele”. Chegou lá e ponderou: “Vinício você em alta velocidade, bêbado ao volante…”. O farmacêutico, prevendo as intenções, respondeu: “É, tô melado e tô invocado”. “Pelo menos, molhe a minha mão”. Vinício não se fez de rogado: cuspiu na mão do guarda.

04) Certa Vez, o boêmio Vinício foi levado à delegacia para prestar esclarecimentos de uma ocorrência e ficou detido. Os amigos recorreram ao então deputado Alfredo Mesquita para soltá-lo. Chegando lá, o velho Mesquita falou ao delegado: “Delegado, libere o rapaz! Isso foi um mal-entendido e tal”. Vinício quando saiu da delegacia, zangado, foi de novo beber cachaça. Passou com a sua rural com os dizeres escritos no parachoque: “Nem carrego rapariga e nem soldado de polícia!”. Quando o delegado viu correu e voltou a reclamar: “Olhe, olhe, deputado, ele tá desconsiderando a autoridade. Escrever uma frase dessa. Peça para apagar”. Seu Mesquita mandou chamar Vinício e ponderou: “Amigo, faça isso não! Apague. É feio demais e você está desrespeitando o delegado”. O farmacêutico respondeu: “Seu Mesquita, dê-me apenas uma hora que estará tudo resolvido”. Ele saiu e o delegado ficou esperando na porta da igreja. De repente, passa Vinício dirigindo o seu veículo com outra frase na traseira: “Apaguei, mas não carrego!”.

05) Para concluir, um rapaz chegou à farmácia de Vinício e pediu: “Me vê aí um remédio para dor de barriga”. O neto do farmacêutico atendendo num dia de feira, muita gente, despachou um envelope de Diazepam de dez miligramas. Depois de meia hora que o rapaz saiu, Vinício deu fé: “Menino, você deu o medicamento errado. O remédio era para dor de barriga e você deu para os nervos. Vá chamar o rapaz!”, ordenou. Quando o moço chegou o comerciante falou: “Meu filho, me desculpe! É que meu neto deu a você o remédio errado. Em vez do da dor de barriga deu para os nervos. Como é que você está se sentindo?”. Ele respondeu calmo e sereno: “Vinício, eu tô todo cagado. Mas tô tranquilo!”.

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