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“Certificado” abre novas perspectivas ao melão

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Mossoró – Produtores dos treze municípios que integram a região de Mossoró e responsáveis por uma produção superior a 230 mil toneladas de melão por ano receberam na quinta-feira (5) o registro de Indicação Geográfica de Procedência, um certificado que atesta a procedência regional e a qualidade do produto.
O Rio Grande do Norte responde, hoje, por mais da metade da produção brasileira de melão
Concedido pelo instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), o Certificado 201108 – Melão de Mossoró foi entregue ao Comitê Executivo de Fruticultura do Rio Grande do Norte (Coex), em solenidade realizada no auditório do escritório regional do Sebrae no Oeste, em Mossoró.

O registro dará exclusividade, identidade e maior visibilidade ao produto, permitindo o aumento das exportações e a abertura de novos negócios, diz a especialista em marcas e patentes, membro da Associação Brasileira em Propriedade Intelectual e advogada da Cone Sul Assessoria Empresarial, Maria Isabel Montañes. Ela explica que o selo ajuda a evitar que frutas de outras regiões sejam vendidas como se fossem do local: “Isso quer dizer que os produtores de melão de Mossoró, a partir de agora, contam com um instrumento eficaz para combater outros produtores de melão que dolosamente informam que suas frutas são de Mossoró, que possuem a mesma textura, gosto e aparência desta região”, diz.

Para o diretor Técnico do Sebrae-RN, João Hélio Cavalcanti, além de proteger a identidade do produto local, a IG aponta para um momento oportuno de expansão no mercado. “O melão produzido na região é destinado na maioria para a Europa, e acredito que podemos utilizar este diferencial da IG para buscar novos mercados, como o americano”, pontua.

Produção

A região de Mossoró é composta pelos municípios de Baraúna, Mossoró, Tibau, Grossos, Areia Branca e Serra do Mel. Juntamente com Assú, Ipanguaçu, Upanema, Afonso Bezerra, Alto do Rodrigues, Carnaubais e Porto do Mangue dedica mais de 11 mil hectares ao cultivo do melão.

Das cerca de 230 mil toneladas de melão produzidas anualmente, 60% vão para o mercado internacional, sobretudo países da Europa. O Rio Grande do Norte responde por mais da metade da produção nacional dessa fruta.

Doze dos mais de 40 grupos associados ao Comitê devem utilizar o selo por seguirem rigorosamente os critérios exigidos pelo INPI. Os demais passarão por avaliação do Conselho Regulador da IG para adequação às normas do Instituto.

O diretor superintendente do Sebrae no Rio Grande do Norte, José Ferreira de Melo Neto, destacou que o trabalho até a conquista do certificado é antigo. “Trabalhamos mais de dez anos junto a estes produtores, e levamos cinco anos no processo de IG. Acreditamos desde o início e agora é hora dos produtores colherem bons frutos”, diz.

O presidente do Coex, Luiz Roberto Barcelos, ressaltou a necessidade de cumprimento das exigências e responsabilidade dos produtores. “Sabemos da nossa responsabilidade quanto entidade, e além de buscar os benefícios que a Indicação Geográfica oferece, como agregação de valor, temos que estar atentos às exigências, para que a IG possa ser utilizada da melhor forma possível”, frisa.

*Com informações da Agência Sebrae RN

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