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Chineses levam fatia da Azul

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São Paulo (AE) – O grupo chinês HNA, dono de 14 companhias aéreas na Ásia, África e Europa, tornou-se ontem o maior acionista da brasileira Azul, depois de pagar R$ 1,7 bilhão em troca de uma participação de 23,7% na companhia. O negócio representa uma injeção de capital para a Azul em um momento de crise na aviação brasileira e avalia a companhia em R$ 7 bilhões.

A negociação envolveu um aumento de capital. O dinheiro captado vai para o caixa da empresa.

Esses recursos serão usados para o financiamento de aeronaves, pagamento de dívidas de curto prazo e investimentos em produtos e serviços.

Segundo o presidente da Azul, Antonoaldo Neves, nenhum dos atuais acionistas da empresa vendeu suas ações. Com o aporte da HNA, as participações acionárias foram diluídas. Os maiores acionistas da empresa eram as famílias Chieppe e Caprioli, antigas donas da Trip, empresa que foi adquirida pela Azul em 2012, e o fundo Bozano, com 15,69%, 13,36% e 14,25% do capital total, respectivamente. O empresário David Neeleman, fundador da empresa, detinha 8,9% da companhia.

Apesar de ter uma fatia minoritária, Neeleman é o controlador da Azul, pois detém 67% das ações ordinárias (com direito a voto). O grupo HNA recebeu ações preferenciais da Azul, sem direito a voto.

Os valores captados pela Azul surpreenderam pelo contexto de crise no País e porque a avaliação é muito superior ao valor de mercado da Gol na BM&FBovespa, que é de R$ 1,22 bilhão, segundo a consultoria Economática.

Além disso, a Gol tem o dobro de participação da Azul no mercado local. “Isso mostra a competência do David Neeleman em vender seu peixe e que os chineses têm interesse de longo prazo na Azul”, diz uma fonte de mercado.

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