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Chuvas e livros

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Novembro começa bem. Tem notícias de chuvas pelos sertões dos daqui até bater no Piauí. Imagine que caiu granizo em Santana do Seridó, num dia em que a temperatura na sombra beirava os 37 graus! Mais uma prova que existem grandes mistérios na natureza, como anunciava o velho conselheiro… Choveu também em Angicos e Lajes. Na  Fazenda Barra da Cruz, do doutor Alexandre Wanderley, criador de boi Guzerá naquelas terras secas de Angicos, choveu de domingo para o amanhecer de ontem, 60 milímetros, a maior chuva do ano. Ele sabe que não é pegada de inverno, o calendário é outro, mas dá uma alegria danada, até porque juntou uma “aguinha” nos barreiros.  Foi acordado pelos trovões que ecoavam pelos arredores do Cabugi e passou a telefonar para os amigos.

No Seridó tem chuva bem além dos 100 milímetros. Em Parelhas, nas cercanias da Barragem do Boqueirão, 170 milímetros; em São João do Sabugi, 130; Caicó, 125; São Fernando, 90; Timbaúba dos Batistas, 70; Serra Negra do Norte, 55; Ouro Branco, 45. São chuvas espalhadas por várias localidades desses municípios citados. Em Caicó, por exemplo, são vários sítios e fazendas  onde choveu, assim como em Parelhas. Em Currais Novos tem lugar com chuvas de 47 milímetros. Chuvas em Santana do Matos e finas no Acari. Do Alto Oeste  tem-se notícias de chuvas em Alexandria, Martins, Pau dos Ferros, Janduís. O serviço de meteorologia da Emparn está fora do ar há algum tempo e só volta a funcionar em dezembro. É da natureza (sem mistérios) do Governo do Estado.

Na Paraíba, há município com mais de 200 milímetros de chuva: Souza. Vaquejando pela internet, encontrei 120 milímetros em  Catolé do Rocha. Em Taperoá, de Manelito Dantas Vilar, 50 mm. Não consegui falar com ele em sua Fazenda Carnaúba – desvios dos ois e dos claros -, mas a informação de um blogue daquelas bandas é de que o tempo estava nublado derna de sexta-feira, choveu no anoitecer de domingo com muitos trovões. Notícias também de chuvas pras bandas de Patos e de Desterro, já olhando para São José do Egito, Pernambuco.

Muita chuva no Ceará. Em 118 municípios, pegando todas as regiões do Estado. A região de maiores chuvas é a Jaguaribana, que do lado de lá acompanha toda a Chapada do Apodi, do lado de cá.  Em Pereiro, vizinho de cerca com o nosso Doutor Severiano e bem perto de Encanto, 128 milímetros. Em Solonópole, no Sertão Central e Inhamuns, 119, no Cedro, região do Cariri, 90, em Sobral, Litoral Norte, 89, em Iracema, na Jaguaribana, olhando para Rodolfo Fernandes, do lado de cá, 82.

Nas previsões da Funceme o tempo é de mais chuvas para o dia de hoje. No boletim do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos, do Inpe, o mote é o mesmo.

E os livros? Temporada para boas leituras e boas conversas. Começa amanhã, prometendo excelente safra, o Festival Literário de Natal, agora torcendo para que não chova na Praça Augusto Severo, onde está montada toda a empanada para o acontecimento. Vamos todos lá.

No Festival

Com um debate sobre o tema “Um romance em nascimento”, começa às 19 horas, de amanhã, o Festival Literário de Natal, promovido pela Prefeitura, através da Capitania das Artes. Nesta primeira mesa, a escritora Tatiana Salem Levy, brasileira nascida em Portugal, o escritor angolano José Eduardo Agualusa e o poeta norte-riograndense Adriano de Souza.

Na segunda mesa (20h30), a conversa sobre o tema “Experiência e linguagem literária” vai juntar o amazonense Milton Hatoum, um dos grandes nomes da literatura contemporânea brasileira, com a poeta Tânia Lima, maranhense radicada em Natal, professora do Departamento de Letras da UFRN.

A noite se completa com os irmãos Antônio Cícero e Marina  Lima, ao redor do tema “Meu mundo você é quem faz” (música e letra na obra de Marina). Antônio Cícero, poeta, filósofo, escritor, compositor. Marina Lima, das maiores intérpretes da música brasileira, também compositora e escritora. Bate-papo e show. Ensaia-se uma bela noite na Ribeira.

Livro

Hoje à noite, na Academia Norte-Riograndense de Letras,  começando às 18 horas, Thiago Gonzaga estará autografando o seu novo livro “Impressões Digitais”, reunindo uma série de entrevistas que fez com escritores destas aldeias de Poti mais letrada. Orelhas do crítico e poeta paraibano Hildeberto Barbosa Filho.

Editoras

O Sebo Vermelho está com sua tenda montada na Praça Augusto Severo, agasalhando as principais editoras do Rio Grande do Norte. É uma das atrações do Festival Literário. O pessoal promove a I Feira da Literatura Norte-Riograndense. Papos, debates, lançamento de livros, feira de livros, tudo a partir das quatro da tarde. A noite é uma promessa.

No Juvino Barreto

Amanhã é dia de uma Feira de Pechinha no Abrigo Juvino Barreto, portões abertos a partir das 8 horas, toda a renda revertida em benefício dos velhinhos e velhinhas que ali vivem. Quem realiza é a Associação dos Voluntários Assistenciais do Juvino Barreto (AVAJUB). Estou sabendo de uma coleção de CDs de música clássica. Vestidos, sapatos e bolsas também.

Ler muito

Deu na coluna de Ancelmo Gois, de O Globo:

“O ministro Joaquim Barbosa, do STF, veio ao Rio, ontem (sexta-feira, 1), dar uma entrevista ao projeto ‘História Oral do Supremo’, da FGV. De surpresa, entrou numa aula de Direito Tributário e conversou com alunos. Um deles perguntou o que um advogado do futuro precisa. E ele:

– Ler muito, mas não só livros jurídicos. Uma boa formação cultural é fundamental.

Foi aplaudido”.

Calçada

Um dia, quando menos se esperar, o natalense irá descobrir que as calçadas foram devolvidas aos pedestres, voltou a ser um espaço público disponível. O povo poderá andar por elas. Atualmente ou são ocupadas por camelôs ou são lixeiras. Imundas.

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